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Damasco, damasqueiro [1]

Enviado por Sergio Sigrist em ter, 12/05/2015 - 1:46pm
Nome científico: 
Prunus armeniaca L.
Família: 
Rosaceae
Sinonímia popular: 
Abricó, alperceiro.
Sinonímia científica: 
Armeniaca vulgaris Lam.
Partes usadas: 
Raiz, casca, flor, fruto, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Os frutos contêm ácido cítrico, ácido tartárico, carotenoides e flavonoides.
Propriedade terapêutica: 
Laxante, anti-inflamatório, antisséptico, antipirético, emético, oftálmico, tônico, adstringente, analgésico, anti-helmíntico, antiasmático, antiespasmódico, emoliente.
Indicação terapêutica: 
Doenças respiratórias e digestivas, pele inflamada e irritada, asma, tosse, bronquite (aguda ou crônica), constipação, câncer.
tags: 
Afecção da via respiratória [2]
Distúrbio digestivo [3]
Doença da pele - dermatose - dermatofitose [4]
Asma [5]
Tosse - coqueluche [6]
Bronquite [7]
Prisão de ventre - constipação - obstipação [8]
Câncer [9]

Nome em outros idiomas [4]

  • Inglês: apricot, common apricot, almond
  • Francês: abricot, abricotier, marmottier, prunier de Briançon
  • Alemão: aprikose, marille
  • Italiano: armenillo
  • Espanhol: albicocco

Origem, distribuição [5]
Existem várias hipóteses sobre a origem do damasco. Acreditava-se ser a Armênia devido ao nome em latim Prunus armeniaca. Atualmente aceita-se como mais provável a China e Ásia Central. No Brasil o damasco seco é muito apreciado. Na culinária árabe, é valorizado tanto em receitas doces quanto as salgadas.

Descrição [3]
Árvore atinge altura de 6 a 12 m. O sistema radicular tem raiz pivotante com ramos laterais. Diâmetro do caule é de 30 a 60 cm. Cor do caule e córtex dos ramos perenes varia de castanho acinzentado ao marrom, com grandes lenticelas diametrais cinzentas. A copa é redonda.

As folhas são arredondadas ou ovóides com 6 a 9 cm de comprimento e 5 a 8 cm de largura. O recorte do limbo varia do serrilhado ao crenado.

Flores com diâmetro de 30 a 40 mm. Sépalas ovais, vermelho escuro. O número de estames varia de 25 a 45.

O fruto é uma drupa com pericarpo suculento de 2,5 a 4 cm de comprimento, de cor variada entre branco, amarelo, laranja e vermelho-alaranjado. Contém uma grande semente (amêndoa), achatada, obovada, de sabor doce ou amargo. Sementes amargas devem ser consumidas com estrita moderação, mas as doces podem ser consumidas livremente.

Uso popular e medicinal [1]
Os frutos contêm ácido cítrico, ácido tartárico, carotenóides e flavonóides. São nutritivos, agentes de limpeza, levemente laxante, baixo teor calórico, por esses motivos são recomendados em dietas alimentares e para melhorar a saúde geral. O fruto amargo é anti-inflamatório e antisséptico. É usado medicinalmente no Vietnã no tratamento de doenças respiratórias e digestivas.

Suas propriedades são antipirético, antisséptico, emético, oftálmico. As flores são tônico, promove a fecundidade em mulheres. A casca é adstringente. A casca interior e a raiz são utilizadas no tratamento de intoxicação causada pela ingestão de amêndoas e sementes de damasco, pela presença de cianeto de hidrogênio. Há um relato de que a decocção da casca externa neutraliza os efeitos dessa substância. Esta decocção também é indicada para aliviar certas condições de pele inflamada e irritada.

A semente tem efeitos analgésico, antihelmíntico, antiasmático, antiespasmódico, antitussígeno, emoliente, expectorante, sedativo e vulnerário. É indicado no tratamento da asma, tosse, bronquite (aguda ou crônica) e constipação. 

A semente contém amigdalina (ou laetrile, vitamina B17), uma substância também encontrada em pêssegos e amêndoas. Acredita-se que ela tenha efeito positivo no tratamento do câncer, porém não existem evidências. A substância pura é quase inofensiva, mas na hidrólise produz o ácido cianídrico, um veneno que age muito rápido, por isso deve ser tratado com cautela. Em pequenas quantidades, este composto estimula a respiração, melhora a digestão e dá uma sensação de bem-estar. Em excesso pode causar insuficiência respiratória e até a morte.

Árvores silvestres no Himalaia rendem cerca de 47,5 kg de frutos por ano. Na forma silvestre o fruto contém cerca de 6,3% de açúcares, 0,7% de proteínas, 2,5% de cinzas, 2,5% de pectina, cerca de 10 mg de vitamina C por 100 g de polpa.

Outros usos [4]
O damasqueiro tem uma variedade de aplicações. O óleo da semente tem efeito amaciante sobre a pele, por isso é usado pela indústria farmacêutica na produção de perfumes e cosméticos. Os frutos e as sementes são usados em conservas, compotas e marmeladas. O fruto é um aditivo alimentar (substituto do açúcar).

O óleo da semente é empregado na iluminação. A planta serve também como porta-enxerto para a produção de mudas e sementes germinadas.

As folhas dão um corante verde e os frutos dão um corante de tom cinza escuro a verde. A árvore, de madeira dura, tem valor ornamental.

Na Suiça fazem do fruto do damasqueiro um licor denominado "Abricotine du Valais". Abricotine é o termo genérico que denota qualquer bebida de álcool feita de damasco.

 Referências

  1. Plants for a Future: Prunus armeniaca [10] - Acesso em 10 de maio de 2015
  2. PROTA4U: Prunus armeniaca [11] - Acesso em 10 de maio de 2015
  3. Interactive Agricultural Ecological Atlas of Russia and Neighboring Countries: Prunus armeniaca [12] - Acesso em 10 de maio de 2015
  4. Mansfeld's World Database of Agriculture and Horticultural Crops: Armeniaca vulgaris [13] - Acesso em 10 de maio de 2015
  5. Nestlé (Enciclopédia de Nutrição): Damasco [14] - Acesso em 10 de maio de 2015
  6. Imagem: Wikimedia [15] (Author: Elena Chochkova) - Acesso em 10 de maio de 2015
  7. The Plant List: Prunus armeniaca [16] - Acesso em 10 de maio de 2015

GOOGLE IMAGES de Prunus armeniaca [17] - Acesso em 10 de maio de 2015

 

 

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