
Nome em outros idiomas [4]
- Inglês: apricot, common apricot, almond
- Francês: abricot, abricotier, marmottier, prunier de Briançon
- Alemão: aprikose, marille
- Italiano: armenillo
- Espanhol: albicocco
Origem, distribuição [5]
Existem várias hipóteses sobre a origem do damasco. Acreditava-se ser a Armênia devido ao nome em latim Prunus armeniaca. Atualmente aceita-se como mais provável a China e Ásia Central. No Brasil o damasco seco é muito apreciado. Na culinária árabe, é valorizado tanto em receitas doces quanto as salgadas.
Descrição [3]
Árvore atinge altura de 6 a 12 m. O sistema radicular tem raiz pivotante com ramos laterais. Diâmetro do caule é de 30 a 60 cm. Cor do caule e córtex dos ramos perenes varia de castanho acinzentado ao marrom, com grandes lenticelas diametrais cinzentas. A copa é redonda.
As folhas são arredondadas ou ovóides com 6 a 9 cm de comprimento e 5 a 8 cm de largura. O recorte do limbo varia do serrilhado ao crenado.
Flores com diâmetro de 30 a 40 mm. Sépalas ovais, vermelho escuro. O número de estames varia de 25 a 45.
O fruto é uma drupa com pericarpo suculento de 2,5 a 4 cm de comprimento, de cor variada entre branco, amarelo, laranja e vermelho-alaranjado. Contém uma grande semente (amêndoa), achatada, obovada, de sabor doce ou amargo. Sementes amargas devem ser consumidas com estrita moderação, mas as doces podem ser consumidas livremente.
Uso popular e medicinal [1]
Os frutos contêm ácido cítrico, ácido tartárico, carotenóides e flavonóides. São nutritivos, agentes de limpeza, levemente laxante, baixo teor calórico, por esses motivos são recomendados em dietas alimentares e para melhorar a saúde geral. O fruto amargo é anti-inflamatório e antisséptico. É usado medicinalmente no Vietnã no tratamento de doenças respiratórias e digestivas.
Suas propriedades são antipirético, antisséptico, emético, oftálmico. As flores são tônico, promove a fecundidade em mulheres. A casca é adstringente. A casca interior e a raiz são utilizadas no tratamento de intoxicação causada pela ingestão de amêndoas e sementes de damasco, pela presença de cianeto de hidrogênio. Há um relato de que a decocção da casca externa neutraliza os efeitos dessa substância. Esta decocção também é indicada para aliviar certas condições de pele inflamada e irritada.
A semente tem efeitos analgésico, antihelmíntico, antiasmático, antiespasmódico, antitussígeno, emoliente, expectorante, sedativo e vulnerário. É indicado no tratamento da asma, tosse, bronquite (aguda ou crônica) e constipação.
A semente contém amigdalina (ou laetrile, vitamina B17), uma substância também encontrada em pêssegos e amêndoas. Acredita-se que ela tenha efeito positivo no tratamento do câncer, porém não existem evidências. A substância pura é quase inofensiva, mas na hidrólise produz o ácido cianídrico, um veneno que age muito rápido, por isso deve ser tratado com cautela. Em pequenas quantidades, este composto estimula a respiração, melhora a digestão e dá uma sensação de bem-estar. Em excesso pode causar insuficiência respiratória e até a morte.
Árvores silvestres no Himalaia rendem cerca de 47,5 kg de frutos por ano. Na forma silvestre o fruto contém cerca de 6,3% de açúcares, 0,7% de proteínas, 2,5% de cinzas, 2,5% de pectina, cerca de 10 mg de vitamina C por 100 g de polpa.
Outros usos [4]
O damasqueiro tem uma variedade de aplicações. O óleo da semente tem efeito amaciante sobre a pele, por isso é usado pela indústria farmacêutica na produção de perfumes e cosméticos. Os frutos e as sementes são usados em conservas, compotas e marmeladas. O fruto é um aditivo alimentar (substituto do açúcar).
O óleo da semente é empregado na iluminação. A planta serve também como porta-enxerto para a produção de mudas e sementes germinadas.
As folhas dão um corante verde e os frutos dão um corante de tom cinza escuro a verde. A árvore, de madeira dura, tem valor ornamental.
Na Suiça fazem do fruto do damasqueiro um licor denominado "Abricotine du Valais". Abricotine é o termo genérico que denota qualquer bebida de álcool feita de damasco.
Referências
- Plants for a Future: Prunus armeniaca - Acesso em 10 de maio de 2015
- PROTA4U: Prunus armeniaca - Acesso em 10 de maio de 2015
- Interactive Agricultural Ecological Atlas of Russia and Neighboring Countries: Prunus armeniaca - Acesso em 10 de maio de 2015
- Mansfeld's World Database of Agriculture and Horticultural Crops: Armeniaca vulgaris - Acesso em 10 de maio de 2015
- Nestlé (Enciclopédia de Nutrição): Damasco - Acesso em 10 de maio de 2015
- Imagem: Wikimedia (Author: Elena Chochkova) - Acesso em 10 de maio de 2015
- The Plant List: Prunus armeniaca - Acesso em 10 de maio de 2015
GOOGLE IMAGES de Prunus armeniaca - Acesso em 10 de maio de 2015