Plantas Medicinais - Aromáticas - Condimentares
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Bucha [1]

Enviado por Sergio Sigrist em sab, 07/05/2016 - 8:00am
Nome científico: 
Luffa cylindrica (L.) M.Roem.
Família: 
Cucurbitaceae
Sinonímia popular: 
Esponja-vegetal
Sinonímia científica: 
Bryonia cheirophylla Wall.
Partes usadas: 
Folha, caule, fruto, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Mormodicina, buchinina (atuam sobre as mucosas).
Propriedade terapêutica: 
Purgativa, vermífuga, emoliente, emético, catártico, diurético.
Indicação terapêutica: 
Afecção hepática, amenorreia, clorose, anemia, obstipação, câncer nasal, cicatrização de feridas, maturação de abcessos, tosse convulsa, edema, malária, dor de estômago etc..
tags: 
Amenorreia [2]
Anemia - clorose [3]
Cicatrização [4]
Edema - inchaço - retenção de líquido [5]
Dor de estômago - gastrodinia [6]
Tumor [7]
Doença da pele - dermatose - dermatofitose [8]
Tosse - coqueluche [9]
Prisão de ventre - constipação - obstipação [10]
Infecção intestinal - enterobiose - oxiurose [11]
Doença hepática [12]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: smooth loofah, sponge gourd, vegetable sponge, dishcloth gourd, dishrag gourd, rag gourd
  • Francês: courge torchon, éponge végétale, liane torchon, pétole, luffa

Origem, distribuição
Seu cultivo é antigo, acredita-se que seja originária da África. É amplamente distribuída nos trópicos e subtrópicos como planta cultivada e naturalizada.

Descrição
Planta trepadeira herbácea, tem folhas dentadas, flores amarelas, frutos volumosos e oblongos contendo sementes claras ou escuras. Tanto as folhas quanto os frutos são comestíveis, porém não são consumidos como alimento. 

Quando o fruto fica velho e seco, o endocarpo transforma-se numa rede fibrosa muito útil como uma esponja para esfregar e lavar utensílios, além do próprio corpo humano. Usam-se também para confeccionar chapéus, palmilhas de sapatos, guardanapos de esteiras, tapetes de banho, sandálias e luvas.

Devido a capacidade de absorção de choque, a fibra é empregada em capacetes e veículos blindados.

Uso popular e medicinal
Na medicina caseira o caule e as folhas da bucha são usados como infusão contra afecções hepáticas, amenorreia, clorose e anemia. Emprega-se a polpa do fruto maduro e a raiz como purgativo e a infusão das sementes como vermífuga. Tem ação sobre a prisão de ventre crônica [2].

Na medicina tradicional africana a polpa de toda a planta é usada como um supositório contra a prisão de ventre. Preparações da raiz são indicadas para o tratamento de obstipação e como diurético.

No Gabão preparações da raiz servem como remédio contra câncer nasal. Na República Democrática do Congo a decocção das raízes e folhas é ingerida ou usada como enema (enteroclisma ou clister, a injeção de líquido no ânus para causar a evacuação) para provocar aborto. Ao contrário, na Tanzânia relata-se que uma decocção de raiz e seiva das folhas são ingeridas para reduzir o risco de aborto. As folhas são usadas para promover a cicatrização de feridas e maturação de abcessos.

O suco da folha é considerado eficaz contra filária (ou elefantíase, doença causada por verme). Tomam um macerado aquoso de folhas frescas para o tratamento de tosse convulsa.

No Togo preparações de folha são aplicadas em edemas e no tratamento da malária. Na República Centro-Africana as folhas caídas ao chão são introduzidas por via retal no tratamento de enterobiase (infecção intestinal). 

Em Ruanda as folhas trituradas com água e a seiva servem para tratar dor de estômago. 

Em Uganda preparações de folha são utilizadas para facilitar o parto. Povos zulus na África do Sul tomam uma decocção da folha para tratar a dor de estômago. A fruta é usada na Guiné em tumores e inchaços e a polpa da fruta é usada na Guiné e Nigéria como um emoliente. A seiva do fruto é tido como forte purgante.

Às sementes são atribuídas propriedades emoliente, anti-helmíntico, emético (provoca vômito) e catártico (purificador, purgativo). O óleo de semente é utilizado para o tratamento de problemas de pele [1].

 Dosagem indicada

Afecções hepáticas, amenorreia, clorose e anemia. Colocar em infusão 20 g de caule e folhas de bucha em 1 litro de água fervente. Esfriar, coar e beber de 4 a 5 xícaras ao dia [2].

 Referências

  1. Plant Resources of Tropical Africa (PROTA4U): Luffa cylindrica [13] - Acesso em 1/5/2016
  2. VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia - Manual das Plantas Medicinais. Editora Agronômica Ceres, São Paulo (SP). 1992.
  3. Imagem: Wikimedia Commons [14] (Author: Pekinensis) - Acesso em 1/5/2016
  4. The Plant List: Luffa cylindrica [15] - Acesso em 1/5/2016

GOOGLE IMAGES de Luffa cylindrica [16] - Acesso em 1/5/2016

 

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