Nome em outros idiomas
- Inglês: smooth loofah, sponge gourd, vegetable sponge, dishcloth gourd, dishrag gourd, rag gourd
- Francês: courge torchon, éponge végétale, liane torchon, pétole, luffa
Origem, distribuição
Seu cultivo é antigo, acredita-se que seja originária da África. É amplamente distribuída nos trópicos e subtrópicos como planta cultivada e naturalizada.
Descrição
Planta trepadeira herbácea, tem folhas dentadas, flores amarelas, frutos volumosos e oblongos contendo sementes claras ou escuras. Tanto as folhas quanto os frutos são comestíveis, porém não são consumidos como alimento.
Quando o fruto fica velho e seco, o endocarpo transforma-se numa rede fibrosa muito útil como uma esponja para esfregar e lavar utensílios, além do próprio corpo humano. Usam-se também para confeccionar chapéus, palmilhas de sapatos, guardanapos de esteiras, tapetes de banho, sandálias e luvas.
Devido a capacidade de absorção de choque, a fibra é empregada em capacetes e veículos blindados.
Uso popular e medicinal
Na medicina caseira o caule e as folhas da bucha são usados como infusão contra afecções hepáticas, amenorreia, clorose e anemia. Emprega-se a polpa do fruto maduro e a raiz como purgativo e a infusão das sementes como vermífuga. Tem ação sobre a prisão de ventre crônica [2].
Na medicina tradicional africana a polpa de toda a planta é usada como um supositório contra a prisão de ventre. Preparações da raiz são indicadas para o tratamento de obstipação e como diurético.
No Gabão preparações da raiz servem como remédio contra câncer nasal. Na República Democrática do Congo a decocção das raízes e folhas é ingerida ou usada como enema (enteroclisma ou clister, a injeção de líquido no ânus para causar a evacuação) para provocar aborto. Ao contrário, na Tanzânia relata-se que uma decocção de raiz e seiva das folhas são ingeridas para reduzir o risco de aborto. As folhas são usadas para promover a cicatrização de feridas e maturação de abcessos.
O suco da folha é considerado eficaz contra filária (ou elefantíase, doença causada por verme). Tomam um macerado aquoso de folhas frescas para o tratamento de tosse convulsa.
No Togo preparações de folha são aplicadas em edemas e no tratamento da malária. Na República Centro-Africana as folhas caídas ao chão são introduzidas por via retal no tratamento de enterobiase (infecção intestinal).
Em Ruanda as folhas trituradas com água e a seiva servem para tratar dor de estômago.
Em Uganda preparações de folha são utilizadas para facilitar o parto. Povos zulus na África do Sul tomam uma decocção da folha para tratar a dor de estômago. A fruta é usada na Guiné em tumores e inchaços e a polpa da fruta é usada na Guiné e Nigéria como um emoliente. A seiva do fruto é tido como forte purgante.
Às sementes são atribuídas propriedades emoliente, anti-helmíntico, emético (provoca vômito) e catártico (purificador, purgativo). O óleo de semente é utilizado para o tratamento de problemas de pele [1].
Dosagem indicada
Afecções hepáticas, amenorreia, clorose e anemia. Colocar em infusão 20 g de caule e folhas de bucha em 1 litro de água fervente. Esfriar, coar e beber de 4 a 5 xícaras ao dia [2].
Referências
- Plant Resources of Tropical Africa (PROTA4U): Luffa cylindrica - Acesso em 1/5/2016
- VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia - Manual das Plantas Medicinais. Editora Agronômica Ceres, São Paulo (SP). 1992.
- Imagem: Wikimedia Commons (Author: Pekinensis) - Acesso em 1/5/2016
- The Plant List: Luffa cylindrica - Acesso em 1/5/2016
GOOGLE IMAGES de Luffa cylindrica - Acesso em 1/5/2016