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Sabiá, sansão-do-campo [1]

Enviado por Sergio Sigrist em dom, 19/07/2020 - 9:39am
Nome científico: 
Mimosa caesalpiniifolia Benth.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia popular: 
Unha-de-gato, cebiá, angiquinho-sabiá.
Sinonímia científica: 
Mimosa caesalpiniaefolia Benth. (variante ortográfica)
Partes usadas: 
Folha, galhos finos, casca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Tanino.
Indicação terapêutica: 
Doenças respiratórias crônicas, circulatórias, processos inflamatórios.
tags: 
Fitorremediador [2]
Doença circulatória [3]
Problema respiratório [4]
Inflamação [5]

Origem, distribuição

Distribui-se por todo o mundo, sendo a região Neotropical e o Brasil Central considerado um dos maiores centros de diversidade. Nativa do bioma caatinga (Brasil).

Descrição [1,4,5]
Planta arbustiva usada com frequência como cerca viva por mostrar-se resistente, com fechamento total após 2 anos e longa vida útil. Possu um sistema radicular bem desenvolvido, apropriado para absorver e reciclar nutrientes de horizontes mais profundos do solo.

Quando desenvolvida apresentam flores brancas durante 8 meses do ano e espinhos abundantes. Pode atingir até 10 m de altura e assim servir também como quebra-vento. Resistente à poda e ao fogo, rebrota com facilidade.

Os frutos são do tipo legumes articulados, planos, de até 10 cm de comprimento por 13 mm de espessura. As sementes possuem dormência tegumentar, são lisas e duras medindo de 5 a 8 mm de diâmetro. 

Multiplica-se por sementes. 
Uso popular e medicinal
Usada na medicina popular em tratamentos de doenças respiratórias crônicas, circulatórias e em processos inflamatórios. As folhas verdes ou secas são forrageiras, possuem  alto valor nutricional (17% de proteína) e servem como fonte de alimento para ruminantes. A presença de tricomas tectores
é marcante nesta espécie que são importantes na adaptação a ambientes com baixa umida, pois eles mantêm uma superfície saturada em vapor d’água sobre a folha, o que ajuda na diminuição da temperatura e transpiração foliar
[2].

Um estudo analisou folhas, galhos finos e casca desta espécie quanto às características de produtora de taninos vegetais. Todas as partes apresentaram taninos, com maior concentração na casca de taninos condensados (8,38%) e menor quantidade de não taninos (1,22%), indicando a existência de considerável quantidade desta substância.  

Dentre diferentes formas de utilização de taninos vegetais destacam-se a produção de adesivo de madeira, indústria de petróleo como agentes de suspensão, dispersantes fluidificantes em lama de perfuração, controle da viscosidade de argilas na perfuração de poços, fabricação de tintas e adesivos especiais para madeira e derivados, além da importância no curtimento de couros e peles, bastante empregado no Nordeste do Brasil.

Comprovou-se a eficiência dos taninos vegetais como ação inibitória contra diferentes espécies de microrganismos cariogênicos, sem causar  oxicidade sobre células eucarióticas ou atividade mutagênica [3].

M. caesalpiniifolia pode ser indicada como potencial fitorremediador em solo contaminado com óleo diesel em pequenas concentrações, sobretudo quando inoculada com o fungo micorrízico arbuscular (FMA) Claroideoglomus etunicatum.

A biorremediação constitui alternativa para descontaminação de solos contaminados com óleo diesel decorrentes de acidentes durante o transporte do produto e vazamentos diários em postos de combustíveis. Apresenta baixo custo e menor risco ambiental quando comparado às técnicas de descontaminação tradicionais. A fitorremediação pode ser utilizada como uma estratégia posterior visando à estabilidade do ecossistema, especialmente quanto aos ciclos de carbono (C) e nitrogênio (N), propiciando assim melhores condições para o reestabelecimento da biota do solo [4].

 Nas referências consultadas, não foram encontrados detalhes do uso medicinal em humanos, formas de uso, se interno ou externo e contraindicação.

 Referências

  1. Associação Caatinga (2011): Conhecendo e produzindo sementes e mudas [6] - Acesso em 19 de julho de 2020
  2. Repositório Digital UNESP (2016): Estudo fitoquímico e biológico dos extratos das folhas de Mimosa caesalpiniifolia [7] - Acesso em 19 de julho de 2020
  3. Revista Agroecossistemas (Núcleo de Meio Ambiente, 2017): Substâncias tânicas presentes em partes da árvore sabiá (M. caesalpiniifolia) em plantio comercial de 5 anos [8] - Acesso em 19 de julho de 2020
  4. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2016): Potencial fitorremediador de sabiá (M. caesalpiniifolia) associada a fungo micorrízico arbuscular em solo contaminado com óleo diesel [9] - Acesso em 19 de julho de 2020
  5. SOUZA, J. S. I; PEIXOTO A. M.; TOLEDO, F. F. Enciclopedia Agrícola Brasileira. Editora da USP (EDUSP), São Paulo. 1995.
  6. Imagem: Associação Caatinga (Fortaleza, CE)
  7. The Plant List: Mimosa caesalpiniifolia [10] - Acesso em 19 de julho de 2020

GOOGLE IMAGES de Mimosa caesalpiniifolia [11] - Acesso em 19 de julho de 2020

 

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