Maxixe

Nome científico: 
Cucumis anguria L.
Família: 
Cucurbitaceae
Sinonímia científica: 
Cucumis macrocarpus Wender. ex Mart.
Partes usadas: 
Semente, folha, fruto.
Propriedade terapêutica: 
Sudorífico, vermífuga.
Indicação terapêutica: 
Problema na próstata, controle de colesterol, cicatrização de ferimentos, icterícia, pedra no rim, contusão, hemorroidas, dor de estômago, micose, sarda, edema.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: Cackrey, maroon cucumber, West Indian gherkin, West Indian gourd

Origem, distribuição

Origem africana, introduzida no Brasil pelos escravos e bastante cultivada nas regiões Norte e Nordeste. Desenvolve em todo o território, vegetando em áreas ocupadas por olericultura.

Descrição [2,4]

Espécie anual, apresenta caule prostrado ou trepador, verde com linhas de pelos eriçados. Folhas alternadas com pecíolos de pelos e uma gavinha, limbo piloso, profundamente recortado em aproximadamente 5 lobos principais.

Flores masculinas e femininas separadas na mesma planta. O fruto é carnoso, comestível, tem formato globoso a cilíndrico e com projeções espinescentes. Propaga-se por meio de sementes.

Planta invasora, hospedeira da mosca-das-frutas Anastrepha sp.

Uso popular e medicinal

As sementes são vermífugas. Elas são moídas em uma farinha fina e depois transformadas em emulsão com água e ingeridas. É necessário então fazer uma purga para expulsar as tênias ou outros parasitas do corpo.

A fruta é consumida para tratar a icterícia. Acredita-se que comer as frutas cruas dissolva pedras nos rins. O suco da fruta, misturado com óleo, é aplicado a contusões. A fruta é aplicada a hemorroidas. Um enema da planta selvagem é usado para tratar dores de estômago.

As folhas, depois de embebidas em vinagre, são usadas contra a micose. Uma preparação de suco de folha é aplicada a sardas. A decocção das raízes é usada como remédio para problemas estomacais e para reduzir o edema [1].

Seus frutos são pouco calóricos e fonte de sais minerais. A presença do zinco lhe confere as propriedades medicinais na prevenção de problemas na próstata, no controle do colesterol e na cicatrização de ferimentos. Esta hortaliça pode ser consumida in natura (em saladas) ou cozida junto a outras hortaliças em pratos a base de carnes. Para fins agroindustriais apresenta destacado potencial para uso em conserva na forma de picles [3].

O gênero Cucumis inclui 35 espécies tropicais e várias são úteis como medicinais e na produção de compostos flavorizantes para uso em cosméticos e alimentos. Além de comestível, o fruto é usado na forma de suco como sudorífico [4].

 Dedicado a Luiza Helena Xavier Linhares Sigrist (Piracicaba, SP)

 Referências

  1. Tropical Plants Database, Ken Fern: Cucumis anguria - Acesso em 6 de outubro de 2019
  2. MOREIRA, H.J.C; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de Identificação de Plantas Infestantes. FMC Agricultural Products, São Paulo (SP). 2011.
  3. 61 Reunião Anual da SBPC (UFAM, Manaus 2009): Análise genética em populações de maxixe cultivadas no Estado do Amazonas - Acesso em 6 de outubro de 2019
  4. STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. Editora UNESP, São Paulo, 2a ed. revista e ampliada. 2002.
  5. Imagem: FMC Agricultural Products
  6. The Plant List: Cucumis anguria - Acesso em 6 de outubro de 2019

GOOGLE IMAGES de Cucumis anguria - Acesso em 6 de outubro de 2019