Girassol

Nome científico: 
Helianthus annuus L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Helianthus annuus subsp. lenticularis (Douglas ex Lindl.) Cockerell
Partes usadas: 
Raiz, fruto, semente, folha, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ácidos graxos poli-insaturados, saturados (oleico, linoleico).
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, diurético, expectorante, febrífuga, nutritiva, estomáquica.
Indicação terapêutica: 
Febre, ferida, inchaço, picadas de cobra e aranha, queixas pulmonares, dor reumática.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: sunflower, common sunflower

Origem, distribuição
O centro de origem é o Peru. Usado pelos índios norteamericanos no Arizona e Novo México desde 3.000 anos aC. No Brasil o cultivo iniciou-se no século XIX, trazido provavelmente por colonizadores europeus que consumiam as sementes torradas.

Descrição [2]
Tem sistema radicular pivotante formado por um eixo principal e raízes secundárias abundantes.

A parte aérea tem haste única, não ramificada, ereta, pubescente, áspera, vigorosa, cilíndrica, com interior maciço. Altura varia de 0,60 a 2,2 m e diâmetro de 1,8 a 5 cm.

As folhas distribuem-se ao longo do caule em número e formas variáveis. Podem ser longopecioladas, alternadas, acuminadas, rombóides, dentadas, lanceoladas e com pilosidade áspera em ambas as faces. Os pecíolos são compridos e elásticos, permitindo o movimento das folhas com o vento.

O crescimento em altura da planta se deve à atividade da gema apical vegetativa, de onde origina-se a inflorescência do tipo capítulo.

O termo girassol deriva do gênero Helianthus: helios (sol) + anthus (flor) ou flor-do-sol, que gira seguindo o movimento do sol.

O fruto é o órgão de maior importância econômica. É impropriamente chamado semente, de tipo aquênio, seco, oblongo, geralmente achatado, composto pelo pericarpo (casca) e pela semente propriamente dita (polpa ou amêndoa).

Uso popular e medicinal 

Girassol é cultivado no mundo principalmente como fonte de óleo comestível, de excelentes características nutricionais e funcionais à dieta humana. Possui alta relação de ácidos graxos poli-insaturados/saturados (65%/11% em média). O teor de poli-insaturados é constituído em sua quase totalidade pelo ácido linoleico [2].

Já foi introduzido no mercado o girassol rico em ácido graxo oleico (girassol alto oleico), que confere ao óleo alto grau de estabilidade oxidativa, razão pela qual é muito procurado pela indústria de alimentos [2].

O chá das folhas é adstringente, diurético e expectorante, indicado no tratamento de febres altas. As folhas esmagadas são usadas como um cataplasma em feridas, inchaços, picadas de cobra e aranha. As folhas são colhidas na época da floração e secas para uso posterior [1]

O chá das flores é utilizado no tratamento de malária e doenças pulmonares. A inflorescência e as sementes são febrífugas, nutritivas e estomáquicas. A semente também é considerada diurética e expectorante, tem sido utilizada com sucesso no tratamento de queixas pulmonares. A decocção das raízes já foi usada em lavagem a quente sobre dores reumáticas [1].

Outros usos [2]
Na forma de farelo e como silagem, o girassol é fonte de proteínas para alimentação animal. O farelo é formado por aproximadamente 44% de proteína bruta, rico em ferro e cálcio, vitaminas A e complexo B com valor biológico elevado (60%), alto teor de metionina e sulfurados. Estudos têm demonstrado a eficiência nutricional da torta de girassol na formulação de rações para nutrição animal.

 Dedicado a Denise Cardoso da Paixão (Salvador, BA); Márcia Degasperi (Piracicaba, SP).

 Referências

  1. Plants for a future: Helianthus annuus​ - Acesso em 5 de julho de 2015
  2. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP): A cultura do girassol - Acesso em 5 de julho de 2015
  3. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA): Girassol - Acesso em 5 de julho de 2015
  4. Imagem: © Forest & Kim Starr - Acesso em 5 de julho de 2015
  5. The Plant List: Helianthus annuus - Acesso em 5 de julho de 2015

GOOGLE IMAGES de Helianthus annuus - Acesso em 5 de julho de 2015