Ginkgo-biloba

Nome científico: 
Ginkgo biloba L.
Família: 
Ginkgoaceae
Sinonímia científica: 
Ginkgo biloba f. aurea (J.Nelson) Beissn.
Partes usadas: 
Folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ácido butanoico, antocianina, bioflavonoides, catequina, vitaminas (complexo B, C), pró-vitamina A, glicosídeos flavonoides (ginkgobilina, quercetina, kaempferol), minerais.
Propriedade terapêutica: 
Estimulante da função sanguínea.
Indicação terapêutica: 
Envelhecimento celular, perda de memória, varizes, úlceras varicosas, cansaço nas pernas, artrite, isquemia cerebral, radicais livres, auxilia na oxigenação cerebral, enxaqueca.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: ginkgo biloba, maidenhair tree
  • Alemão: ginkgo, silberpflaum
  • Francês: ginkgo biloba, arbre aux quarante écus

Origem, distribuição
Nativa da China.

Descrição
Ginkgo biloba é espécie de alta longevidade, pode viver mais de 1.000 anos e atingir mais de 35 m em altura. Tem ramificações curtas, folhas em forma de leque e frutos não comestíveis que cheiram mal. A fruta tem uma semente interna que pode ser venenosa. Ginkgos são árvores duras, resistentes e às vezes plantadas ao longo das ruas urbanas nos EUA. No outono as folhas ficam com cores brilhantes [1].

É uma das plantas mais conhecidas em todo o mundo. Foi descrita pela primeira vez por volta de 1690 mas despertou o interesse de pesquisadores após a II Guerra Mundial, quando os EUA lançaram a bomba atômica sobre Nagasaki e Hiroshima. Perceberam que todas as plantas num raio de 120 km devastado pela bomba estavam mortas e, após algumas semanas, observaram que começou a brotar uma arvorezinha de G. biloba e a formar folhas. Foi a única planta que sobreviveu e desafiou a radiatividade.

Uso popular e medicinal
Folha e semente têm sido usadas há tempo pela medicina tradicional chinesa. A pesquisa moderna tem focado sobre o extrato padronizado obtido das folhas verdes secas. Este extrato é altamente concentrado e parece tratar problemas de saúde (especialmente problemas circulatórios) melhor do que somente a folha não-padronizada [1].

Chamado pelos japoneses yin- kuo ("fruto de prata"), é considerado sagrado pelos budistas, sendo as suas árvores plantadas nas entradas de todos os templos.

O extrato da folha do G. biloba é o fitoterápico mais extensamente receitado por milhares de médicos na Europa, onde é usado para tratar os sintomas da doença de Alzheimer, demência vascular, da claudicação periférica, aumentando a potência sexual além de curar algumas espécies de zumbidos no ouvido.

É também um dos 10 medicamentos naturais mais vendidos nos EUA, onde é classificado como um suplemento dietético.

O extrato de Ginkgo é usado na Europa e EUA para problemas circulatórios e declínio das funções mentais. Sua utilização facilita o fluxo sanguíneo no cérebro, recupera a memória rapidamente e a função mental. Regula batimentos cardíacos, melhora a ereção em homens e evita dores nas pernas. O extrato é útil também para tonturas, tinidos e zumbidos do ouvido e enxaqueca. Pode ajudar porque ele inibe a ação de uma substância conhecida como platelet-activating factor que contribui para evitar a enxaqueca.

Dois estudos franceses confirmaram que Ginkgo biloba ajudou a tratar 80% das pessoas com enxaquecas.

Os glicosídeos da flavona (substâncias orgânicas responsáveis pelas propriedades antioxidantes e anticoagulantes da planta) e 6% de lactonas terpênicas (basicamente substâncias químicas denominadas gingcolídeos e bilobalídeos) melhoram o fluxo sanguíneo e são consideradas protetoras dos neurônios.

São reconhecidas as seguintes ações dessa planta: 

  • Forte ação neuroprotetora
  • Inibe a agregação plaquetária
  • Aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro
  • Aumenta a transmissão nas fibras nervosas
  • Retira da circulação compostos lesivos conhecidos como radicais livres

É muito importante para o atleta, pois fornece oxigênio para os músculos na hora dos exercícios. Além disso, protege o sistema cardiovascular e livra o corpo de perigosos poluentes. G. biloba aprimora as funções mentais ao elevar a quantidade de oxigênio que chega até o cérebro, ajudando o nadador a se concentrar mais nos seus movimentos e a ter mais noção de espaço dentro da sua raia.

Atualmente essa planta é usada em grande escala em ambientes de decoração e jardins. Fica ótima em vasos nas salas, pois absorve o gás carbônico da respiração e emite oxigênio puro.

Suas folhas contêm ácido butanóico, antocianina, bioflavonoides, catequina, vitaminas do complexo B, pró-vitamina A (betacaroteno), vitamina C (ácido ascórbico), glicosídeos flavonoides (principalmente ginkgobilina, quercetina, kaempferol) e minerais.

Possui substâncias ativas capazes de melhorar a insuficiência vascular cerebral e periférica e é usado para auxílio ao tratamento de distúrbios de memória e concentração, vertigens, zunido no ouvido e labirintite. Além disso, o Ginkgo biloba contém poderosos antioxidantes.

Constituintes químicos: antioxidante, antiplaquetária estimulante da circulação periférica, fungicida, rejuvenescedora, vasodilatadora periférica (80 mg, 24% de glicosídeos da flavona, 6% de lactonas terpênicas).

Depoimento
(Lelington Lobo Franco)

"Vi no Central Park de New York dezenas de árvores de Ginkgo biloba, essas plantas em parques tornam-se enormes, as folhas são de um verde vivo, tornam-se amarelas no inverno e caem, formando verdadeiros tapetes auríferos. Perguntei aos transeuntes do parque como era o nome das árvores e para minha surpresa ninguém soube responder. Tirei diversas fotografias delas nesse parque.

Adapta-se muito bem às características urbanas e em clima temperado, não sendo exigente com os solos e resiste muito bem à poluição pesada, insetos, fungos, bactérias e vírus.

Tenho na cobertura uma planta há mais de 4 anos, que permanece com 1 m pois suas raízes não se desenvolvem em vasos, porém forma grande quantidade de galhinhos com folhas verde-oliva, verdadeira beleza na decoração do apartamento, enchendo os olhos dos visitantes com suas folhas em forma de leque japonês.

Dediquei-me à pesquisa dessa fantástica planta e tenho enviado mudas pelo Correio a todo país."

A palavra "ginkgo" tem origem chinesa cujo significado é damasco prateado. A palavra biloba vem do formato bilobado das folhas: bi=duas; lobado=lóbulo.

Depoimento
(Fernando Mascarenhas)
"O ginkgo é uma erva muito segura mesmo usando o extrato seco que é mais concentrado. Possíveis efeitos colaterais são raros mesmo em dosagens acima de 160 mg/dia de extrato seco. No caso de chás a concentração da substância principal é bem menor e menos problema causará.

Seja a folha ou extrato, seus efeitos na média das pessoas começam a aparecer após 3 a 4 meses de uso e deve continuar a vida toda.

Em relação aos problemas de memória, do ponto de vista da neurofisiologia do cérebro, o G. biloba e nenhum outro remédio sozinho vai resolver. O tratamento envolve mudança de hábitos de vida, principalmente na parte de alimentação, atividade física, atividade cerebral (trabalhos que exercitem o raciocínio e outros de relaxamento para combater algum nível de estresse).

Existem também muitas substâncias de pouca e/ou nenhuma agressividade e muito bom resultado, as chamadas "drogas inteligentes".

Muito importante também o uso de alguns nutrientes dentre eles o que considero principal - a fosfatidilserina - usada na dosagem certa e em associação com outras que irão melhorar sua atuação.

Fosfatidilserina, prescrita em Farmácias de Manipulação, é um pouco cara. Tenho obtido resultados muito bons em relação ao seu uso. Acho fantástica por vários motivos: é uma substância que faz parte da estrutura da célula nervosa, é fundamental no processo de memorização e se desconhecem efeitos colaterais mesmo em doses elevadas. Digo sempre que sua dosagem é limitada pelo preço.

Em pessoas com problemas de memória costumo prescrever uma substância - no caso é um medicamento muito bom - a nimodipina - era cara, mas com os genéricos ficou mais acessível. É vasodilatadora periférica - trabalha modulando os canais de cálcio - reduz a pressão arterial. Efeitos colaterais mínimos se bem indicada. Tenho prescrito com bons resultados em pacientes safenados, outros usando marcapasso, sem problema."

 Colaboração

  • Lelington Lobo Franco, químico-fitologista, escritor, Curitiba (PR) .
  • Fernando Mascarenhas, médico, Salvador (BA), junho de 2003.

 Referências

  1. University of Maryland Medical Center: Ginkgo biloba - Acesso em 14 de fevereiro de 2016
  2. Ginkgo biloba: A árvore que desafiou a radiatividade - Acesso em 14 de fevereiro de 2016
  3. The Plant List: Ginkgo biloba - Acesso em 14 de fevereiro de 2016
GOOGLE IMAGES de Ginkgo biloba - Acesso em 14 de fevereiro de 2016