Nome em outros idiomas
- Inglês: cape gooseberry, goldenberry, husk cherry, peruvian ground cherry
- Francês: coqueret du Peru
- Espanhol: capulí
- Alemão: peruanische Judenkirsche
- Italiano: Alchechengi del Perù
Origem, distribuição [3]
Considerada nativa do Brasil mas há muito tempo foi naturalizada no altiplano do Peru e Chile, tornando-se identificada com esta região.
Descrição [2,5,6]
Planta perene, cresce até 1,2 m. Floresce de julho a outubro e as sementes amadurecem de agosto a novembro. As flores são hermafroditas (têm ambos os órgãos masculinos e femininos) e são polinizadas por abelhas e vento.
Climatérico do tipo baga carnosa, o fruto apresenta diâmetro médio de 2,0 cm e coloração alaranjada. É fisicamente sustentado e envolvido por um cálice com sépalas que o protege de patógenos, insetos e condições ambientais adversas.
Dentre as diversas espécies de Physalis, a que fornece o fruto comumente comercializado na forma fresca ou processada é a Physalis peruviana, sendo a Colômbia o maior produtor mundial. No Brasil ocorre mais a Physalis angulata. Outra espécie que temos neste site é a Physalis pubescens.
Uso popular e medicinal
Na Colômbia a decocção de folhas é tomada como um diurético e antiasmático. Na África do Sul, as folhas aquecidas são aplicadas como cataplasmas em inflamações e os zulus administram a infusão de folhas como um enema para aliviar doenças abdominais em crianças. Especialistas indianos isolaram das folhas um constituinte esteroide menor, a fisalolactona C [7].
O suco das folhas tem sido utilizado no tratamento de vermes e queixas intestinais. A planta é diurética [6].
Existem outros relatos de uso na medicina popular como anticancerígeno, antimicobacteriano, antipirético e imunomodulador e também para o tratamento de doenças como a malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo.
Valor nutricional do fruto [4]
Principais g.100g -1 de peso seco | Minerais g.100g -1 de peso seco | Ácidos graxos % w/w | |||
---|---|---|---|---|---|
Umidade | 80,97 ± 1,65 | Cálcio | 9,0 ± 1,0 | Palmítico % | 9,38 |
Energia | 88,72 kcal; 372,62 kJ | Magnésio | 34,70 ± 1,50 | Palmitoleico % | 0,71 |
Proteína | 1,85 ± 0,31 | Manganês | 0,26 ± 0,02 | Esteárico % | 2,67 |
Lipídeos total | 3,16 ± 0,32 | Zinco | 0,49 ± 0,08 | Oleico % | 10,03 |
Cinzas | 0,80 ± 0,03 | Ferro | 1,47± 0,18 | Linoleico % | 72,42 |
Carboidrato total | 13,22 | Sódio | 1,10 ± 0,10 | α-Linolênico % | 0,32 |
Potássio | 347,00 ± 2,5 | Araquídico % | 1,36 | ||
Cobre | 0,28 ± 0,03 | Behênico % | 0,26 | ||
Lignocérico % | 0,24 | ||||
Saturado % | 12,87 | ||||
Monoinsaturado % | 10,71 | ||||
Polinsaturado % | 73,78 |
Dados da tabela foram obtidos de análise do fruto coletado em 2005/2006. Os autores concluiram que houve predominância de ácido linoleico na composição da fração lipídica e alta concentração de ferro, magnésio e zinco, minerais essenciais para o metabolismo humano.
O fruto é considerado uma boa fonte de compostos antioxidantes naturais, vitaminas (A, B, C, E e K1), fitoesteróis e secosteroides (fisalinas) [1].
Referências
- Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental (2016): Physalis peruviana seed storage - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Hortaliças, 2016): Hortaliça pouco conhecida será alternativa de cultivo para o Cerrado - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- California Rare Fruit Growers: Cape Gooseberry - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Food Science and Technology (Campinas, 2009): Minerals and essential fatty acids of the exotic fruit Physalis peruviana - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Physalis Orgânico: Diferenças Physalis - Peruviana e Angulata - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Plants for a Future: Physalis peruviana - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Purdue University: Cape Gooseberry - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- The Plant List: Physalis peruviana - Acesso em 8 de janeiro de 2017
GOOGLE IMAGES de Physalis peruviana - Acesso em 8 de janeiro de 2017