Cana-do-brejo

Nome científico: 
Costus spicatus (Jacq.) Sw.
Família: 
Costaceae
Sinonímia científica: 
Amomum petiolatum Lam.
Partes usadas: 
Folha, haste, rizoma.
Propriedade terapêutica: 
Depurativa, diurética.
Indicação terapêutica: 
Malária, hepatite, doenças do aparelho urinário, expelir pedras renais.

Origem, distribuição
Nativa em quase todo Brasil, principalmente na Mata Atlântica e região Amazônica.

Descrição
Espécie herbácea, perene, rizomatosa, ereta, não ramificada. A parte aérea pode atingir 1,0 a 2,0 m de altura.

As folhas são dispostas em espiral com prolongamento invaginante na base, inflorescência terminal, brácteas em espiral, densa, imbricadas, glabra e vermelha que protegem as flores de cor amarela.

É cultivada como ornamental tanto para jardins como para produção de flor de corte.

Uso popular e medicinal
As folhas, hastes e rizomas de C. spicatus são de longa data empregadas na medicina popular, principalmente na região Amazônica, para o tratamento de várias doenças dentre as quais malária, hepatite, alívio de infecções urinárias e para expelir pedras renais.

Já se verificou que o rizoma é fonte de diosgenina, precursor de hormônios esteroidais. Por estudos fitoquimicos feitos com as partes aéreas da planta, dois diglicosídeos flavônicos foram descritos: a tamarixetina 3-0-neohesperidosídeo e o canferideo 3-O-neohesperidosídeo. Outros compostos bastantes conhecidos como a quercetina 3-0-neohesperidosídeo e mais seis flavonóides também foram identificados.

Estes diglicosídeos flavenicos apresentaram comprovada atividade anti-inflamatória. Em uma dissertação de mestrado (2005) a autora relata não existir ainda estudos que comprovem a eficácia e a segurança do uso desta planta para fins terapêuticos. Em função disso, investigou as atividades mutagênica e antimutagênica do extrato hidroalcóolico da cana-do-brejo, bem como a sua atividade antioxidante, utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae como modelo de estudo. Uma das conclusões, nas doses testadas, é que o extrato hidroalcoólico não induziu atividade mutagênica nesta levedura.

Um trabalho mais recente (2013) evidenciou a presença de cristais de oxalato de cálcio na folha; amido no rizoma; amido, proteína estrutural e mucilagem na raiz. Constatou também que o extrato aquoso e etanólico dos órgãos vegetativos de C. spicatus indicam a presença de diferentes classes de polifenóis ou compostos fenólicos, saponinas e heterosídeos cianogênicos em todos os órgãos. 

 Colaboração

  • Suzana Gasparri, Canoas (RS), 2005.
  • Nanci da Silva Matos, São Paulo (SP), 2015.

 Referências

  1. Universidade Luterana do Brasil: Estudo das atividades antioxidante e mutagênica/antimutagênica induzidas pelo extrato vegetal de Costus spicatus - Acesso em 2 de maio de 2020 
  2. Revista Brasileira de Plantas Medicinais: Aspectos estruturais e fitoquímicos de partes vegetativas de Costus spicatus - Acesso em 2 de maio de 2020
  3. Imagem: Prefeitura Municipal de São Paulo (Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente)  - Acesso em 2 de maio de 2020
  4. The Plant List: Costus spicatus - Acesso em 2 de maio de 2020

GOOGLE IMAGES de Costus spicatus - Acesso em 2 de maio de 2020