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Poejo-miúdo [1]

Enviado por Sergio Sigrist em seg, 17/06/2013 - 1:34pm
Nome científico: 
Cunila microcephala Benth.
Família: 
Lamiaceae
Sinonímia popular: 
Poejinho, poejo-do-banhado, poejo-do-campo.
Sinonímia científica: 
Hedyosmos microcephalus (Benth.) Kuntze
Partes usadas: 
Ramos com folhas
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial composto de mentofurano, limoneno, b-cariofileno, a-pineno, canfeno, b-pineno, sabineno, b-mirceno, etc.
Propriedade terapêutica: 
Estimulante, antiespasmódica.
Indicação terapêutica: 
Tosse, resfriado, gripe, febre, regras irregulares.
tags: 
Gripe [2]
Febre [3]
Resfriado [4]
Tosse - coqueluche [5]
Regular o ciclo menstrual [6]

Origem, distribuição
Sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Ocorre em lugares úmidos de campo, junto a banhados e beira de matos de galeria. Nas nascentes e cursos dágua de pequeno volume e depressões do terreno em locais altos.

Descrição
Planta perece, herbácea, rasteira, não se elevando a mais que 0,20 m do chão, mas abrindo círculos de 0,80 m de diâmetro. Caule fino, prostrado, pardo-claro e esverdeado enraizando em vários pontos em contato com o solo. Ramos longos, quadrangulares, tenros e aromáticos.

Folhas simples, opostas cruzadas, inteiras, oblongas ou oval-espatuladas e concheadas, peninérveas, margens lisas, sésseis e aromáticas. Faces concolores, verde-claras e com pelos glandulares de essências.

Flores brancas com manchas violáceas nas pétalas inferiores. Corola zigomorfa com 5 dentes, sendo 3 inferiores menores. Estames 2, com anteras de 2 lojas na extremidade de filetes longos e maiores que a corola. Estilete longo, ascendente e curvo com estigma bífido. Inflorescência em glomérulos de aspecto cônico com as primeiras flores abrindo-se na base do cone. Florescimento na primavera (de setembro a dezembro).

Frutos constituídos de núculas muito diminutas e de cor escura.

Uso popular e medicinal
O poejinho possui cheiro aromático, sabor quente e fracamente amargo. O óleo essencial apresenta composição química bastante diversificada: 82,3-85,1% de mentofurano, 2,1-3,8% de limoneno, 3,3-3,9% de b-cariofileno, a-pineno, canfeno, b-pineno, sabineno, b-mirceno, 1-8-cineol, b-ocimeno, g-terpineno, linalol, pulegona, a-terpineol e germacreno D.

As folhas e flores são usadas na forma de chá como estimulante, antiespasmódico, tratamento de tosses crônicas e infecção respiratória.

No Brasil dois tipos de poejo são conhecidos e correspondem a duas espécies diferentes. Uma espécie é originária da Europa e seu nome científico é Mentha pulegium [7]. A outra espécie é a que está sendo descrita aqui: o poejo nativo, originário da América do Sul, Cunila microcephala, ambas da família Labiatae. Cunila microcephala é o mais comum, de folhas bem pequenas, caules finos e longos, que se estendem pelo solo. Mentha pulegium é mais raro, de folhas maiores e mais claras. O aroma de ambos é forte e agradável. As propriedades são as mesmas, sendo portanto também os mesmos usos.

Cultivo

Propagação. Divisão de touceiras e estacas.

Época de plantio. Outono (março a junho).

Espaçamento. 0,80 m entre as linhas e 0,50 m entre as plantas. 

Clima. É planta de clima temperado. Planta de plena luz quando em seu habitat de campos planos e úmidos. Em áreas mais altas deve ser plantado em local semi-sombreado. Não resiste a secas prolongadas bem como a geadas e ventos frios.

Solos. É planta quase palustre. Exige terras úmidas e férteis. Solos secos e arenosos são impróprios. Não é exigente quanto ao pH do solo.

Tratos culturais. São os mínimos, somente o controle dos inços, pois sendo planta baixa é frequentemente abafada por outras plantas invasoras. No verão o poejo deve ser irrigado para não ocorrer a morte as plantas.

Pragas e doenças. Como se trata de planta fortemente aromática, é rejeitada pela maioria das pragas de outras culturas, mesmo as formigas não a atacam em demasia. Quanto às doenças, somente foi constatada a incidência de estiolamento quando cultivada em local sombreado ou asfixiada pelos inços. Por vezes ocorre o aparecimento de manchas esbranquiçadas nas folhas quando cultivadas em local pouco ensolarado.

Colheita. Colher os longos ramos enfolhados, geralmente no segundo ano, do outono até a primavera.

Rendimento. É planta baixa, entrelaçada, de difícil colheita e baixa produção de massa verde. Sua produtividade é muito baixa, não indo além de 1.000 kg/ha.

 Referências

  1. CASTRO, L. O.; CHEMALE, V. M. Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares – Descrição e Cultivo. Livraria e Editora Agropecuária, Guaíba (RS). 1995. - Acesso em 31 de dezembro de 2017
  2. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (2004): Caracterização anatômica das folhas de Cunila microcephala [8] - Acesso em 31 de dezembro de 2017
  3. Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS (2010): Plantas Medicinais - Usos populares tradicionais [9] - Acesso em 31 de dezembro de 2017
  4. The Plant List: Cunila microcephala [10] - Acesso em 31 de dezembro de 2017

GOOGLE IMAGES de Cunila microcephala [11] - Acesso em 31 de dezembro de 2017

 

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