Rivina, vermelhinha

Nome científico: 
Rivina humilis L.
Família: 
Phytolaccaceae
Sinonímia científica: 
Solanoides pubescens Moench
Partes usadas: 
Partes aéreas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Pinitol.
Propriedade terapêutica: 
Cicatrizante
Indicação terapêutica: 
Susto, pavor, preocupação nervosa, transtorno de ansiedade, diarreia, dor de estômago, erupção cutânea em recém-nascidos, mordida de cobra, cicatrização de ferida.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: Rouge plant, coral berry, baby pepper, blood berry, bloodberry rougeplant, inkberry, pigeon berry, small pokeweed
  • Espanhol: coralillo, bajatripa, hierba del susto

Origem, distribuição

Nativa da América Tropical e Subtropical. Ocorre das Guianas até São Paulo, em lugares sombreados e úmidos.

Descrição [4]

Planta herbácea ereta, cresce geralmente de 0,6 a 1 m de altura. Folhas dispostas alternadamente, peludas, com margens inteiras e pontas pontiagudas.

Inflorescência racemosa, flores passam de branca ou rosada a esverdeada na medida em que amadurecem. Frutos são pequenas bagas arredondadas, passam de verde a vermelho vivo e brilhante quando amadurecem.

Caules finos tornam-se ligeiramente lenhosos com a idade, são na maioria glabros (sem pêlo). As folhas simples estão dispostas alternadamente ao longo dos caules, são oblongas ou estreitas em forma de ovo, margens inteiras e pontiagudas (ou seja, acuminam os ápices). São puberulentos (com pelos) contendo uma única semente.

Uso popular e medicinal [1]

Na medicina tradicional mexicana esta planta é utilizada no tratamento de doenças gastrointestinais, erupção cutânea em recém-nascidos, lesões, diarreia, dor de estômago, mordida de cobra, cicatrização e transtornos de ansiedade principalmente a cura do "susto", pavor.

A forma de administração varia de acordo com a condição. Para a cura do "susto" recomendam esmagar as folhas na água e coar. Ingerir o líquido obtido antes do café da manhã e do almoço. Contra os nervos, recomendam o cozimento da planta. No entanto, não são especificados o tempo de tratamento nem a quantidade de folhas ou plantas utilizadas no preparo da infusão ou do esmagado.

Um estudo avaliou a atividade tipo ansiolítica de Rivina humilis em testes comportamentais do labirinto de braços elevados e atividade locomotiva em campo aberto, em camundongos Balb/C (uma estirpe albina criada em laboratório). Avaliou também a identificação dos metabólitos responsáveis pela atividade biológica observada.

A este respeito concluiu que o extrato metanólico das folhas exerce um efeito ansiolítico em camundongos semelhante ao diazepam, a partir de uma dose de 100 mg / kg, sem alterar a atividade locomotora em campo aberto.

A partir da fração ativa, acetato de etila-acetona, os autores atestam que foi possível isolar e purificar o 1-metoxinositol, comumente conhecido como pinitol, com uma redução de 7,6% em relação ao extrato total.

 Cuidado

Esta planta contém princípios ativos tóxicos, portanto não se recomenda a ingestão direta. Porém há relatos de que o fruto é comestível.

 Referências

  1. Universidad Veracruzana (Instituto de Neuroetología): Actividad tipo-ansiolítico del extracto metanólico de hoja de Rivina humilis  - Acesso em 12 de junho de 2020
  2. Tropical Plants Database (Ken Fern): Rivina humilis - Acesso em 12 de junho de 2020
  3. Rodriguésia (Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1988): Rivina humilis, anatomia da raiz, caule e folha - Acesso em 12 de junho de 2020
  4. Queensland Government (Weeds of Australia): Fact Sheet Index - Rivina humilis - Acesso em 12 de junho de 2020
  5. Image: Forest & Kim Starr - Acesso em 12 de junho de 2020
  6. The Plant List: Rivina humilis - Acesso em 12 de junho de 2020

GOOGLE IMAGES de Rivina humilis - Acesso em 12 de junho de 2020