Responsabilidade pela saúde e pela doença.

Penso que esse tema tem muito sobre o que fazemos e o que pensamos sobre saúde e adoecimentos. Segundo Adele Dawson - O Poder das Ervas - devemos assumir maior responsabilidade sobre nossa saúde. Acrescento que devemos assumir também sobre nosso tratamento. Existe a ideia comum de que quando estamos sãos somos donos de nossas atitudes e quando no vemos enfermos os médicos são responsáveis por tudo que nos acomete. Digo isso porque hoje em dia a maioria de nós quer mais verbas para descobrir vacinas para tudo que nos atormenta de dor de dente a câncer. Enquanto que deveríamos pedir mais verbas para educação em saúde. Isto quer dizer mais profissionais que nos educam para ter saúde e manter por mais tempo possível. Sou contraria a medicina das doenças e sou a favor de medicina preventiva. No tratamento com ervas o ideal é cada um ter um local para plantar e colher sua próprias medicação. Quando não for possível devido a verticalização das moradias, ter um herborista de confiança ou uma ervanaria segura por perto. As ervas são, ou devem ser, escolhidas para atender as necessidades das pessoas e não das doenças. Este principio quer dizer que tratamos as pessoas e não as doenças que as acomete. Tratar pessoas sugere que as conheçamos, que a tenhamos ouvido suas queixas, como começou a ter sintomas e etc. No tratamento com ervas usamos na maioria das vezes uma erva de cada vez e os compostos devem ser preparados por quem domine o conhecimento das ervas. Visto que não se misturam ervas laxativas com ervas adsorventes, ou outras associações. Outra indicação sobre as ervas é que devem ser usadas as ervas do mesmo local de onde se trata a pessoa. As ervas que compartilham o mesmo clima, o ar , a água o solo. As ervas sofrem influencia dos meios e podem conter mais ou menos componentes do solo mudando sua composição ou seu principio ativo. O ideal e usar ervas do meio ambiente que o individuo a ser tratado também usufrui. Segundo Hipócrates devemos observar o país e a estação antes de decidir pelo tratamento a ser ministrado. Muitas vezes dando preferência por ervas importadas não estamos olhando esse principio. Temos em nosso país uma diversidade imensa, se imaginar a quantidade de ervas curativas que ainda são tidas por Mato, daninhas, inço, e etc. Não estudamos uma infinidades de ervas que crescem em nosso solo. Temos ainda um mundo de remédios desconhecidos. Das ervas em uso, poucos são os que sabem muito sobre uma grande maioria das ervas que atualmente são ditas medicinais. A grande parte da classe médica desconhece os efeitos das ervas e desconhecem também grande parte dos fármacos que derivam de ervas. Por isso a utilização de tratamento conjunta não é bem aceita por médicos, a rigor eles teriam que voltar a estudar para dominar a fitoterapia. Em média um bom livro de fitoterapia engloba a descrição de cem ervas que se utilizam de diversas maneiras e para os mais diversos males que nos acometem hoje. Temos atualmente as enciclopédias e os sites de pesquisa de plantas. Temos hoje um grande crescimento nos acesso as mídias e com isso diversas pessoas que buscam e pesquisam sobre ervas e sobre tratamentos com ervas. A responsabilidade de cada um está diretamente ligada a sua capacidade de usar a informação com bom senso e criteriosamente. O uso da terminologia comum das plantas levam a confusão e erros de uso. O uso de terminologia cientifica é a ideal. A identificação das ervas se dá por diversas características próprias de cada espécie. Assim não se deve colher uma planta somente por que a descrição das folhas confere com o indicado, as flores os frutos as raízes devem ser conferidas dada a diversidade de algumas espécies. Recai sobre os pacientes a maior responsabilidade sobre o uso de tratamentos ou medicamentos, derivados de ervas. Estamos em meio a um conflito de interesses, de um lado os grandes laboratórios aliados a muitos médicos que fazem crescer o número de dependentes de remédios quimicos. De outro lado um considerável número de pessoas naturalista ou ligados a movimentos sustentáveis que buscam soluções mais alternativas e naturais para seus males. Em meio a tudo isso um grupo de pessoas que creem que estão doentes e que desesperadas fazem qualquer coisa para se livrarem da dor e do sofrimento crônico. Acreditam em tudo que lhes dizem e usam de tudo que existe em se tratando de opções de tratamentos. O que fazer nesse conflito? Respondo! Manter a mente aberta e se informar ao máximo sobre todas possibilidades. Martha Batista Pedagoga e terapeuta naturalista.