Nome em outros idiomas
- Inglês: guatambu
- Espanhol: guatambu blanco
Origem, distribuição
Nativa do Brasil, Argentina e Paraguai. No Brasil ocorre de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul.
Nota |
Descrição [2,3]
Planta semidecídua, heliófita e pioneira, bastante comum em clareiras da mata primária, matas secundárias e capoeirões, em toda a região da floresta da bacia do Rio Paraná e Alto Uruguai.
Árvore atinge altura de até 20 m. Tem tronco retilíneo de 40-90 cm de diâmetro revestido por casca com ritidoma lenticelado e estriado.
Folhas opostas, compostas trifolioladas, com pecíolo de 4-8 cm. Flores branco-amareladas, dispostas em panículas terminais, aparecem no final de setembro até novembro. Fruto tri e tetralado, paleáceo, não comestível. A maturação ocorre em agosto-setembro.
Uso popular e medicinal [1]
A planta é utilizada na medicina popular brasileira para tratar doenças gastrointestinais.
Um trabalho científico relatou o isolamento de cinco alcaloides furoquinolinos: evolitrine, kokusaginina, γ-fagarina, esquimianina e maculosidine a partir de árvore. Na busca por produtos naturais que possam ter atividade herbicida, os autores descobriram que quatro desses alcaloides atuam como inibidores fotossintéticos.
Outros usos
As folhas de guatambu possuem 22% de proteína bruta e 1,6% de tanino, podendo ser utilizadas na alimentação animal. A árvore pode ser utilizada em projetos paisagísticos de parques e praças, além de reflorestamento para recuperação ambiental [4].
Resistente ao apodrecimento e ao ataque de insetos, a madeira é indicada para móveis de luxo, construção civil (vigas, caibros, ripas, rodapés, forros, tacos e lambris), marcenaria, molduras, cabos de ferramentas, compensados, chapas, lâminas faqueadas, peças torneadas e artefatos decorativos em geral. Segundo ensaios realizados pelo Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo (IPT), a madeira de guatambu é considerada uma das melhores para fabricar hélices de avião [5].
Referências
- Journal of Photochemistry and Photobiology (B: Biology, 2013): Furoquinoline alkaloids isolated from Balfourodendron riedelianum as photosynthetic inhibitors in spinach chloroplasts - Acesso em 6 de setembro de 2015
- Atlas Ambiental da Bacia do Rio Corumbataí: Balfourodendron riedelianum - Acesso em 6 de setembro de 2015
- Instituto Brasileiro de Florestas (IBF): Pau-marfim - Acesso em 6 de setembro de 2015
- Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF, 2005): Balfourodendron riedelianum - Acesso em 6 de setembro de 2015
- EMBRAPA Florestas (Circular Técnica 93, 2004): Pau-marfim - Acesso em 6 de setembro de 2015
- Imagem: Flora Digital (Autores: Juliano Pörsch; Daniel Grasel) - Acesso em 6 de setembro de 2015
- The Plant List: Balfourodendron riedelianum - Acesso em 6 de setembro de 2015
GOOGLE IMAGES de Balfourodendron riedelianum - Acesso em 6 de setembro de 2015