Planta da Farmacopeia Brasileira |
Nome em outros idiomas
- Inglês: guarana, brazilian cocoa
- Francês: guarana
Origem, distribuição
Nativa da Amazonia.
Descrição
O guaranazeiro é uma trepadeira arbustiva, atinge até 12 m de altura prendendo-se às árvores vizinhas. Tem folhas alternas, imparipenadas, contendo 5 folíolos oval-lanceolados, sem gavinhas nos ramos. As flores se apresentam em cachos axilares. O fruto é uma cápsula piriforme, trilocular, contendo em cada lóculo uma semente ovóide.
O fruto possui grande quantidade de cafeína e devido a propriedade estimulante, é usado na fabricação de xarope, barras, pó e refrigerante. Tem casca vermelha, quando maduro deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se a olhos.
Quem primeiro estudou o guaraná foram os alemães em 1940. O gênero Paullinia deriva do nome do botânico alemão Christian Franz Paullini (século XVIII). Sua origem faz parte do folclórico indígena da Amazônia.
Uso popular e medicinal
O guaraná é empregado como potente fator energético. Confere ao organismo ação vitalizante de bem-estar. O uso diário é um preceito de complemento e higiene alimentar, estimula as funções cerebrais, aumenta a capacidade intelectual.
Experiências demonstraram que datilógrafos foram mais rápidos e tiveram insignificantes números de erros quando fizeram o uso deste suplemento alimentar que é por excelência um fármacoterapêutico.
É tido como tônico estomacal, desperta o apetite, previne e cura perturbações gastrointestinais como dispepsias, flatulências, diarreias, gases e prisão de ventre.
Com seu uso diário a defesa orgânica se exalta e age contra os elementos causadores dos distúrbios fisiológicos. É estimulante mas não leva à excitação, não altera o ritmo normal do coração, remoça o organismo e estabiliza a temperatura corporal.
Restabelece também as funções sexuais, chegando a ser considerado afrodisíaco por aqueles que dele fazem uso.
As sementes do guaraná contém 2,6-7,0 % de cafeína, além de quantidades menores de outros alcaloides com o núcleo de purina (teofilina, teobromina e outros). Foram também isolados taninos ( + - 12%), catequina, amido, gorduras, resinas, saponinas, mucilagem, pigmento vermelho e colina.
As propriedades estimulante e adstrigente do guaraná são devidas ao seu alto teor de cafeína e taninos.
Dosagem indicada
Usa-se de preferência antes do desjejum ou antes de iniciar qualquer esforço físico ou mental, 1 colher de chá em 1/2 copo de água. Misturar bem o guaraná com açúcar antes de adicionar a água.
1 a 2 cápsulas, 2 vezes ao dia. O pó de guaraná é um produto comercial encontrado em farmácias. Essa informação foi extraída de um desses produtos (março, 2004).
Estimulante (uso interno). Componentes: sementes em pó (0,5 a 2g). Dispersar o pó em água. Acima de 12 anos, tomar 0,5 a 2 g do pó puro ou disperso em água, uma vez ao dia [1].
Advertência. Não deve ser utilizado por pessoas com ansiedade, hipertireoidismo, hipertensão, arritmias, taquicardia paroxística e distúrbios gastrointestinais (gastrite e cólon irritável). Em altas doses pode causar insônia, nervosismo e ansiedade. Não usar em caso de tratamento com drogas que contenham bases xantínicas (café, noz-de-cola, mate) e anti-hipertensivos [1].
Colaboração
- Luis Carlos Leme Franco, Médico e Professor de Fitoterapia, Curitiba (PR), abril 2006. Memória.
- Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga, Porto Alegre (RS).
Referências
- Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 1ª ed. 2011.
- BERNARDES, A. Brazilian Herbs, Folklore, History & Uses. Shogum. Rio de Janeiro. 1984.
- SOUSA, M. P.; MATOS, M. E. O.; MATOS, F. J. A . et al. Constituintes químicos de plantas medicinais brasileiras. Universitária. Fortaleza. 1991.
- SIMÕES, C. et al. Plantas da Medicina Popular no Rio Grande do Sul. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1986.
- The Plant List: Paullinia cupana - Acesso em 14 de fevereiro de 2016
GOOGLE IMAGES de Paullinia cupana - Acesso em 14 de fevereiro de 2016