Nome em outros idiomas
- Inglês: citronella grass, barbed wire grass, lemongrass
- Francês: Verveine des Indes
- Alemão: zitronengras, citronella, lemongras
- Espanhol: yerbalimón, hierba luisa, limonaria, cedrón, paja cedrón, malojillo, zacate limón, limoncillo, cedrón pasto
Origem, distribuição
Espécie originária do Sri Lanka (antigo Ceilão) e sul da Índia.
Descrição
É uma erva perene, cespitosa, de 0,80 a 1,20 m de altura. Os colmos são eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes, fibrosas e longas.
As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5 a 1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora.
A inflorescência é em panícula formada por racemos curtos e geminados. A citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na primavera.
Uso popular e medicinal
O óleo essencial extraído da citronela é muito utilizado na aromaterapia como um estimulante quando inalado ou esfregado sobre a pele. É um antisséptico que pode ser usado para esterilizar superfícies de preparação de alimentos.
Inalar os óleos essenciais de citronela pode aumentar a frequência cardíaca em algumas pessoas. O rizoma é utilizado medicinalmente como um tratamento para a leucorreia.
As aplicações do óleo essencial são:
- Como planta aromática para fins de perfumaria
- Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados
- Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial
- Como matéria-prima para a síntese de outros aromas
Informações para o cultivo
Variedades. Não existem seleções de variedades de citronela. As referidas como variedades são, na verdade, outras espécies.
Clima. É planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta frio e as geadas causam sua morte. No período de crescimento é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor.
Solo. Areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição.
Plantio. Por meio da divisão das touceiras que, com a redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro). Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos devem ser de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos de acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas. Fazer uma boa irrigação em seguida.
Tratos culturais. Fazer replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.
Pragas e doenças. Não se conhecem pragas e doenças incidentes sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças fúngicas em geral se revelam como carência de nitrogênio, potássio, ferro, etc.
Colheita. Feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm acima do solo. Normalmente é possível um segundo e até um terceiro corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de 80 - 100 L de óleo/ha são comuns no Estado.
Duração da cultura. Mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano).
Operações pós-colheita. A colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para não ocorrer perdas do óleo essencial.
Mercado. Embora outros países antes não-produtores tenham entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com frequentes baixas, a demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem o cultivo desta planta em escala econômica.
Colaboração
- Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga (FEPAGRO, Porto Alegre, RS). Maio, 2004.
Referências
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