Amor-de-negro

Nome científico: 
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Acanthospermum brasilum Schrank
Partes usadas: 
Folha, partes aéreas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Lactonas (sesquiterpênicas, diterpênicas), flavonoides.
Propriedade terapêutica: 
Tônica, sudorífica, antiblenorrágica, antidiarreica, antimalárica.
Indicação terapêutica: 
Erisipela, anemia, doenças do sistema urinário.

Descrição [1]
Espécie herbácea anual, desenvolve-se em todo o País em áreas ocupadas com horticultura. Ocorre com frequência em campos cultivados com banana, maracujá, citros e pêssego. Hospedeira da mosca-branca Bemisia tabaci raça B, responsável pela transmissão do Begomovirus que ataca o tomate, pimentão, repolho, abóbora, melão e ácaros do gênero Brevipalpus.

Tem caule prostrado muito ramificado, de coloração castanha, pilosidade branca. Folhas curtopecioladas de disposição oposta, com limbo simples ovalado e margem levemente lobada, de coloração castanha.

Inflorescência do tipo capítulo axilar. Pedúnculo castanho reunindo aproximadamente 8 flores femininas inseridas na margem do capítulo, as quais se transformam em frutos do tipo aquênio. As flores masculinas são envolvidas por brácteas brancas.

Propagação por meio de sementes.

Uso popular e medicinal [2]
A folha é mucilaginosa, amarga, tônica, sudorífica, antiblenorrágica, antidiarreica, antimalárica. Usam para erisipela, anemia e doenças do sistema urinário.

As partes aéreas contêm lactonas sesquiterpênicas e diterpênicas em grande quantidade. 

Essa planta produz flavonoides que têm ação inibitória sobre a enzima aldolase (reductase) e pode contribuir no controle. Extratos brutos testados em ratos infectados com Plasmodium berghei (parasita que causa a malária em certos roedores) e in vitro contra Plasmodium falciparum (um dos quatro parasitas da malária que podem afetar humanos) mostraram-se parcialmente ativos.

 Referências

  1. MOREIRA, H.J.C; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de Identificação de Plantas Infestantes. FMC Agricultural Products, São Paulo (SP). 2011.
  2. MORS, W.B et. alli. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc.,  Algonac, Michigan. 2000.
  3. Imagem: Flora Digital (Autora: Rosângela Gonçalves Rolim) - Acesso em 1 de maio de 2016
  4. The Plant List: Acanthospermum australe - Acesso em 1 de maio de 2016

GOOGLE IMAGES de Acanthospermum australe - Acesso em 1 de maio de 2016