Alface

Nome científico: 
Lactuca sativa L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Lactuca crispa (L.) Roth
Partes usadas: 
Folha, talo e raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Lactucina, manitol, ácidos lactúcico e oxálico, asparagina, carboidratos, sais minerais e vitaminas.
Propriedade terapêutica: 
Laxante, diurética, antiácida, antirreumática, calmante.
Indicação terapêutica: 
Icterícia, irritação do intestino, afecções da pele, eficaz contra palpitações do coração, nevralgias intestinais, reumatismo, conjuntivite, hipocondria, espermatorreia, priapismo.

Nome em outros idiomas [5]

  • Inglês: lettuce, cultivated lettuce, cos, romaine
  • Francês: à pincer, grasse, laitue
  • Alemão: Batavia salat, gartenlattich, gartensalat
  • Italiano: cicoria asparago, cicoria di Catalogna, insalata

Origem, distribuição [4]
Alface é originária de regiões de clima temperado (Turquia, Cáucaso ou Oriente Médio). 

Descrição [1,3]
Planta anual, herbácea de caule carnoso e esverdeado. Folhas simples e flores amareladas em capítulo. O fruto contém sementes muito pequenas.

É o vegetal de folhas mais consumido por seres humanos. Existem centenas de cultivares. 

No Brasil as alfaces mais conhecidas e consumidas são agrupadas em cinco tipos morfológicos com base na formação de cabeça e tipo de folha: repolhuda lisa, repolhuda crespa ou americana, solta lisa, solta crespa, solta crespa roxaromana.

Uso popular e medicinal [1]
As folhas são usadas em saladas e são ligeiramente laxantes, diuréticas, antiácidas e antirreumáticas. O suco cru e o chá das folhas, talos e raizes em dose normal são soniferas, calmantes do estômago, do sistema nervoso, béquicos e para icterícia. Dose normal equivale a 20 g do material verde ou 10 g do material seco para cada litro de água. Adultos tomam de 4 a 5 xícaras por dia. Adolescentes entre 10 a 15 tomam 3 a 4 xícaras ao dia.

De suas folhas são feitas decocções, infusões, cataplasmas para curar irritações dos intestinos e afeções da pele. Seu poder calmante é bastante conhecido. É eficaz contra palpitações do coração, nevralgias intestinais, reumatismo, conjuntivite, hipocondria, espermatorreia (polução noturna, derramamento involuntário de esperma durante o sono) e priapismo (ereção peniana persistente não relacionada com o estímulo sexual). 

 Dosagem indicada [1]

Contusões, inchaços e irritação da pele (como cataplasma). Ferver em pouca água, por 5 minutos, algumas folhas de alface. Deixar amornar, untar as folhas com azeite de oliva e estender sobre a região atingida, protegendo-a com uma gaze.

Insônia. Ferver em 1/4 de litro de água durante 5 minutos metade de um pé de alface. Deixar amornar e coar. Adoçar ligeiramente e beber mela hora antes de deitar.

Intestino. Cozinhar 60 g de alface em ½ litro de água. Deixar amornar, coar e beber 3 cálices ao dia (age como laxante brando).

Valor nutricional por 100 g da porção comestível [2]

Alface americana crua
Principais Minerais Vitaminas
Umidade % 97,2 Cálcio mg 14 Retinol µg NA
Energia 9 kcal; 37 kJ Magnésio mg 6 RE µg  
Proteína g 0,6 Manganês mg 0,12 RAE µg  
Lipídeos g 0,1 Fósforo mg 19 Tiamina mg 0,03
Colesterol mg NA Ferro mg 0,3 Riboflavina mg Tr
Carboidrato g 1,7 Sódio mg 7 Piridoxina mg 0,04
Fibra alimentar g 1,0 Potássio mg 136 Niacina mg Tr
Cinzas g 0,3 Cobre mg 0,02 Vitamina C mg 11
    Zinco mg 0,2    

NA: Não Aplicável Tr: Traços

 Referências

  1. VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia - Manual das Plantas Medicinais. Editora Agronômica Ceres, São Paulo (SP). 1992.
  2. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 4a ed. 2011.
  3. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA - Hortaliças, 2009): Tipos de alface cultivados no Brasil Acesso em 10 de janeiro de 2016
  4. Go Botany: Lactuca sativa - Acesso em 10 de janeiro de 2016
  5. Plant Resources of Tropical Africa (PROTA4U): Lactuca sativa - Acesso em 10 de janeiro de 2016
  6. Imagem: EMBRAPA (Autor: Gilmar Paulo Henz)
  7. The Plant List: Lactuca sativa - Acesso em 10 de janeiro de 2016

GOOGLE IMAGES de Lactuca sativa - Acesso em 10 de janeiro de 2016