Açoita-cavalo

Nome científico: 
Luehea divaricata Mart.
Família: 
Malvaceae
Sinonímia científica: 
Thespesia brasiliensis Spreng.
Partes usadas: 
Casca do caule, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Tanino e glicosídeos, óleo essencial, goma, mucilagem, saponinas (hecogenina), ácido flavonólico, ácido oxálico, ácido málico, cutina.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, diurético, anti-inflamatório, cicatrizante, antifúngica, antibacteriana, antiproliferativa.
Indicação terapêutica: 
Artrite, disenteria, hemorragia, reumatismo, leucorreia, tumores, feridas, acne, lavagem vaginal.

Descrição [4,5]
Árvore atinge altura de 15 a 20 m. Tronco de 50 a 60 cm de diâmetro, revestido por casca rugosa cinza-escuro. Tem galhos flexíveis de casca fina que servem como cabos de chicotes, de onde se origina o nome popular deste vegetal.

As folhas são simples, inteiras, obovadas a oblongas, quase glabras na face superior e com a face inferior densamente pubescente, recoberta por tricomas estrelados e esbranquiçada.

As flores têm coloração amarela, rosa ou roxa, são grandes e dispostas em panículas axilares ou terminais. 

Fruto cápsula deiscente, lenhosa, pubescente, com sementes aladas.

A árvore possui características ornamentais, sendo recomendada para o paisagismo em geral, construção, extração de resina e arborização urbana. A planta é melífera (suas flores fornecem néctar e oferecem facilidade para pouso das abelhas).

Uso popular e medicinal
Na medicina popular brasileira açoita-cavalo é empregada contra artrite, disenteria, hemorragia, reumatismo, leucorreia, tumores e como adstringente [1].

Existe relato de que é também usada para outros fins: as folhas como diurético, as hastes como anti-inflamatório, a casca e partes aéreas para cicatrizar feridas e espinhas (acne); e lavagem vaginal. Já foi averiguada a sua propriedade antifúngica [3].

Um estudo químico relatou os principais constituintes das cascas do caule e das folhas de L. divaricata, e também as atividades antifúngica, antibacteriana e antiproliferativa dos extratos brutos, e antibacteriana das frações do extrato das cascas do caule.

Do extrato bruto metanólico das folhas resultou o isolamento de um triterpeno e de uma mistura cuja substância majoritária foi o ácido maslínico. Do mesmo extrato foram ainda isolados uma flavona (vitexina) e um esteróide. Um flavonoide foi isolado do extrato bruto metanólico das cascas do caule [2].

 Dosagem indicada [1]

Contra artrite, disenteria, hemorragia, reumatismo, leucorreia, tumores e como adstringente.

  • Decocto: 1 xícara (café) de casca picada em 1 litro de água fervente. Deixar esfriar, aplicar 3 vezes ao dia nos locais afetados.
  • Infuso: 1 xícara (café) com pedaços de casca do caule para 1 litro de água. Tomar de 2 a 3 xícaras (chá) ao dia.

 Dedicado a Anália Dorneles (Esteio, RS), 2015.

 Referências

  1. GRANDI, T. S. M. Tratado das Plantas Medicinais - Mineiras, Nativas e Cultivadas. Adaequatio Estúdio, Belo Horizonte. 2014.
  2. Química Nova (2005): Constituintes químicos de Luehea divaricata - Acesso em 2 de agosto de 2015
  3. Top Tropicals: Luehea divaricata - Acesso em 2 de agosto de 2015
  4. Instituto Brasileiro de Florestas (IBF): Açoita-cavalo - Acesso em 2 de agosto de 2015
  5. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais: Identificação de Espécies Florestais - Acesso em 2 de agosto de 2015
  6. Imagem: Flora Digital (Autor: João A. Bagatini) - Acesso em 2 de agosto de 2015
  7. The Plant List: Luehea divaricata - Acesso em 2 de agosto de 2015

GOOGLE IMAGES de Luehea divaricata - Acesso em 2 de agosto de 2015