Planta da Farmacopeia Brasileira Romã tem uso científico comprovado como anti-inflamatório e antisséptico da cavidade bucal. |
Nomes em outros idiomas
- Inglês: california sunset pomegranate, seed-apple
- Francês: grenade, grenadier, pomme grenade
Origem, distribuição
Ásia Ocidental.
Descrição
Arbusto ereto e bastante ramoso, mede de 2 a 5m de altura. Seus ramos um tanto espinhosos revestem-se, quando jovens, de cascas avermelhadas, que se tornam acinzentadas nos ramos adultos e no tronco.
Apresenta folhas glabras, opostas, caducas, um tanta onduladas e inteiras, de formato lanceolado. Nas extremidades dos ramos, surgem grandes flores solitárias, com corola composta de cinco pétalas vermelho-escarlates.
Os frutos constituem-se em bagas de casca dura e amarela com manchas verdes, depois de bem maduras, ou mais raramente amarelo-laranja ou vermelho-claro, cuja extremidade superior é coroada pelo cálice persistente das flores, com sementes carnosas de cor vermelha e sabor agridoce bastante agradável. Plantar em solo fértil. Propaga-se por sementes.
Uso popular e medicinal
Estudo realizado na ESALQ/USP mostrou a potencialidade da romã como aliada na prevenção de Alzheimer. Na casca da fruta é possível encontrar mais antioxidante do que no suco e polpa. Os antioxidantes são essenciais para a prevenção contra os radicais livres que matam as células de nosso corpo, acarretando doenças degenerativas.
Os pesquisadores buscaram meios de concentrar todo o extrato da casca em pó, para ser diluído como suco ou adicionado a sucos de outros sabores. Observou-se que o material tem grande potencial para emprego na forma de microcápsulas à base do extrato de casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção da doença [3].
As formas farmacêuticas habituais são infusão, xarope, decocção. Sendo tônica, diurética, antiespasmódica e tenífuga, produz excelentes resultados no tratamento de garganta e gengiva, cólicas intestinais e diarreias. Costuma-se empregar as folhas para lavagem dos olhos [2].
Dosagem indicada
Anti-inflamatório e antisséptico da cavidade bucal (uso externo). Componentes: cascas do fruto (pericarpo) secas, 6g. Água q.s.p. 150 mL. Preparar por infusão. Fazer bochechos ou gargarejos três vezes ao dia. Não ingerir o produto após o bochecho ou gargarejo [1]. Para este mesmo fim, preparar por tintura: cascas do fruto (pericarpo) secas, 20g; álcool 70% p/p q.s.p. 100 mL. Indicado para acima de 12 anos. Fazer bochechos e gargarejos, três vezes ao dia, com 1 colher de sopa da tintura em 150 mL de água [1].
Para vermes: 3 colheres (sopa) da casca do caule ou da raiz em 1 copo de água. Prepara-se por decocto e toma-se 3 vezes no primeiro dia. No dia seguinte toma-se um laxante [2].
Colaboração
- Isanete G. C. Bieski, Farmacêutica, Especialista em Plantas Medicinais (Cuiabá, MT). Agosto de 2005.
Referências
- Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição. ANVISA, pg. 56, 96. 2011.
- BIESKI, I. G. C. et alli. Romã. Universidade Federal de Lavras (UFLA, MG), 2005. Acesso em 18 de janeiro de 2015
- Resíduos de romã, um aliado na prevenção de Alzheimer - Acesso em 18 de janeiro de 2015
- Purdue University: Pomegranate - Acesso em 18 de janeiro de 2015
- The Plant List: Punica granatum - Acesso em 18 de janeiro de 2015
GOOGLE IMAGES de Punica granatum - Acesso em 18 de janeiro de 2015