Mutamba

Nome científico: 
Guazuma ulmifolia Lam.
Família: 
Malvaceae
Sinonímia científica: 
Guazuma guazuma var. tomentosa (Kunth) Kuntze
Partes usadas: 
Casca do tronco, folha, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Taninos, antioxidantes químicos.
Propriedade terapêutica: 
Diurético, adstringente.
Indicação terapêutica: 
Câncer, calvície, problemas gastrintestinais, diabetes, pressão alta, doenças venéreas, diarreia, disenteria, resfriado, tosse.

 Esta espécie é considerada Planta Alimentícia Não Convencional.

Origem, distribuição
Originária da América tropical. Amplamente encontrada na América do Sul, América Central e México.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: bastard cedar, bay cedar, pigeon wood, West Indian elm
  • Francês: bois de hêtre, bois d'homme, bois d'orme
  • Espanhol: bacedar, cambá-acá, coco, contamal, cualote, guácima, iumanasi, majagua de toro, papayillo, tablote, tapaculo

Descrição
Árvore de até 15 m de altura, tronco reto. A casca é fibrosa e resistente. Folhas simples, bordo serreado. Flores pequenas, creme-amareladas, reunidas em inflorescência.

O fruto é de tipo cápsula, arroxeado e apreciado por muitas espécies de animais silvestres. A frutificação ocorre na primavera e propaga-se por semente.

Uso popular e medicinal
Esta planta desperta grande interesse de cientistas e pesquisadores da área farmacológica, pois acredita-se que seja rica fonte de tanino e antioxidantes químicos capazes de contribuir para o tratamento de câncer e calvície. A medicina popular já a utiliza para problemas gastrintestinais, diabetes, pressão alta e doenças venéreas. Os maias foram provavelmente os pioneiros no aproveitamento da mutamba. Ao que tudo indica as propriedades são encontradas na casca do tronco e nas folhas [1].

A infusão de semente esmagada embebida em água é utilizada para o tratamento de diarreia, disenteria, resfriados, tosses e doenças venéreas. É também usado como um diurético e adstringente [2].

Outros usos [1,2]
A árvore forma copa densa e bonita, concede sombra fresca e se presta ao paisagismo em sítios e parques urbanos. É considerada indispensável na recomposição de áreas degradadas.

Em áreas secas de distribuição natural, G. ulmifolia é importante fonte de forragem para o gado, especialmente no final da estação seca, quando o pasto fica escasso. Frutas e folhas verdes são alimentos para cavalos e gado e as frutas para porcos. O teor de proteína bruta de folhas jovens varia de 16 a 23% e de hastes de 7 a 8%. Digestibilidade in vitro da matéria seca para as folhas jovens varia 56-58% e de hastes 31 a 36%. Folhas basais contém 2,4% de taninos (matéria seca).

G. ulmifolia pode também ser usada para lenha, carvão vegetal, cordas e cordéis (caules jovens), carpintaria de interiores, construção leve, caixas, engradados e cabos de ferramentas.

 Colaboração

  • Nélia Nascimento (Salvador, BA), 2015.

 Referências

  1. SILVA, S.; TASSARA, H. Frutas Brasil. Empresa das Artes, São Paulo (SP), 2005.
  2. World Agroforestry Center: Guazuma ulmifolia - Acesso em 5 de julho de 2015
  3. Image: Wikimedia Commons (Author: © Franz Xaver) - Acesso em 5 de julho de 2015
  4. The Plant List: Guazuma ulmifolia - Acesso em 5 de julho de 2015

GOOGLE IMAGES de Guazuma ulmifolia - Acesso em 5 de julho de 2015