Nome em outros idiomas
- Inglês: sweet lime
- Francês: limettier doux
- Espanhol: lima dulce
Origem, distribuição
A origem mais provável é a Índia.
Descrição [1,2]
É uma arvoreta perenifólia, com poucos espinhos, autofértil, de 4-6 m de altura. As folhas são coriáceas, glabras em ambas as faces, de 3-6 cm de comprimento. São serrilhadas e os pecíolos "sem asas" (sem expansão de membranas, pecíolo áptero).
As flores são perfumadas, solitárias nas axilas e em grupos terminais de 2-10, formadas em agosto e setembro.
Os frutos são globosos com um pequeno mamilo na extremidade apical, de superfície rugosa, têm casca com aroma de limão e polpa suculenta doce-acidulada. Os frutos podem ser solitários ou em grupos de 2-5.
A árvore, a folhagem, a forma e tamanho dos frutos assemelham-se ao "limão tahiti" (cujo nome correto é "lima ácida Tahiti", C. latifolia). As flores são produzidas individualmente nas axilas das folhas ou em conjuntos terminais de 2 a 10. Os frutos podem ser solitários ou em grupos de 2-5.
Uso popular e medicinal
C. limettioides é utilizada para reduzir a pressão arterial. Na Índia é usada terapeuticamente por seu efeito antitérmico nos casos de febre e icterícia. No Estado de Goiás (Brasil), está sendo amplamente utilizada para o tratamento de sinusite.
Estudos observaram que C. limettioides possui alcalóides, cumarinas e lignanas. Tais metabólitos apresentam atividade contra Leishmania (protozoário que se reproduz dentro das células do sistema imunológico), induzem à apoptose (morte celular programada) e provocam excitação do sistema nervoso periférico parassimpático.
No óleo essencial das folhas foram identificados 23 compostos químicos sendo majoritários o linalol (49,62%), o acetato de linalol (16,70%) e a-terpineol (9,56%). No óleo essencial da casca do fruto foram identificados 25 compostos sendo o limoneno (48,15%), linalol (24,12%) e o acetato de linalol (8,85%) os constituintes majoritários.
Tanto no óleo essencial da folha quanto no da casca foram encontradas quantidades significativas de monoterpenos oxigenados (89,75% no óleo das folhas e 41,36% no óleo das cascas). Hidrocarbonetos monoterpênicos também foram encontrados em alta quantidade no óleo das cascas do fruto (56,22%), estando presente, em pequena porcentagem (7,35%), no óleo das folhas [1].
Outro estudo mostrou que o óleo essencial tem um amplo espectro de atividade antimicrobiana. Conclui que o óleo pode ser usado em formulações para a pele (controle da acne), no tratamento de várias doenças infecciosas como a febre tifóide, intoxicação alimentar, inflamação, sepsia (infeção em tecido orgânico), endocardite, bexiga, próstata e infecções do epidídimo. Pode ainda ser usado como um meio seguro e alternativo de conservação de alimentos [3].
Outras propriedades e indicações da lima-da-pérsia (desinfecção, desintoxicação do fígado, limpeza do sistema linfático, eliminação de toxinas do sangue, prevenção de palpitações cardíacas, receita de suco emagrecedor), informações gerais sobre citros, etc., são encontradas nas Referências [4,5,7].
Colaboração
- Tarsila Sangiorgi Rosenfeld, Comunicóloga (São Paulo, SP). 2015.
Referências
- SBPC: Estudo anatômico e análise da composição química do óleo essencial de Citrus limettioides - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- Purdue University: Sweet lime - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- Journal of Pharmaceutical Technology & Drug Research (2012): Chemical Composition and Antimicrobial Activity of Essential Oil of Citrus limettioides Tan. - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- EMBRAPA (2005): Citros 500 Perguntas - 500 Respostas - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- Hesperidiums of the Rutaceae - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- Image: Citrus Page (Author: © Jorma Koskinen) - Acesso em 28 de janeiro de 2015
- Lima-da-Pérsia em outros websites - Acesso em 28 de janeiro de 2015
GOOGLE IMAGES de Citrus limettioides - Acesso em 28 de janeiro de 2015