Nome em outros idiomas
- Inglês: spilanthes, toothache plant, Brazil cress, Para cress
- Alemão: parakresse, husarenknopfblume, prickelknöpfchen, prickelblume
- Espanhol: espilanto, botón de oro, desflemadera, jambu
- Francês: spilanthe, cresson de Para, spilanthe des potagers; brèdes mafane
- Italiano: spilante
Origem, distribuição Descrição A planta cresce rápido, a colheita pode ser feita após 40 dias do plantio. O jambu é encontrado em qualquer mercado ou feira livre de Belém, onde é muito utilizada na receita de vários pratos tradicionais. |
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Foto: Jambu (Jardim Botânico de Brasília, DF), enviada por M. L. Claussen |
Uso popular e medicinal
O jambu é conhecido como a planta da dor de dente. Sua atividade anestésica deve-se a um alcaloide antisséptico (espilantol) encontrado nas inflorescências e, em menor concentração, nas folhas. As populações locais da Amazônia usam suas folhas e flores diretamente sobre o dente para aliviar a dor.
É comum na medicina popular o uso das folhas e flores através de infusão para o tratamento de dispepsia, malária, infecções na boca e garganta. A decocção ou infusão das folhas e flores é também um remédio tradicional para a gagueira, estomatite, além de possuir forte ação diurética e ser uma fonte natural de vitamina C.
Extrai-se uma tintura para curar aftas das mucosas e fortalecimento da gengiva. O espilantol é um eficaz sialagogo (agente que promove a salivação) e causa uma leve dormência na língua.
O vegetal é rico em celulose, substância que regula nosso processo de digestão e evacuação. Pelo sabor forte é usado como condimento, estimulando a secreção gástrica e ajudando na digestão de outros alimentos.
A substância espilantol é descrita em várias patentes nos EUA e Europa como apropriada para uso anestésico, antisséptico e ginecológico. Diversos produtos no mercado são vendidos como remédios e cosméticos. Descobriu-se que essa substância produz miorrelaxamento dos músculos da face, processo que diminui o aprofundamento das linhas de expressão e suaviza as rugas do rosto, razão pela qual passou a integrar linhas de rejuvenescedores faciais.
Outros usos
O jambu é muito utilizado nas culinárias amazonense, rondoniense, acriana e paraense em iguarias como o tacacá, o pato no tucupi e em pizza combinado com mozarela. Prepara-se o jambu da mesma maneira que a couve, refogando no azeite com alho, sal e bacon em cubos.
As folhas tenras cortadas finamente são usadas como condimento no prato nacional de Madasgascar, um guisado conhecido como romazava. O caldo é feito com folhas verdes de jambu.
Na Bahia é usado como erva de valor religioso com os nomes oripepé, pimenta-d'água e pingo-de-ouro.
O extrato concentrado do jambu é usado como um agente aromatizante em muitos países.
Colaboração
- Márcio Landes Claussen, Engenheiro Químico aposentado, Brasília (DF), 2014.
Referências
- Revista Eletrônica de Biologia (2012): Germinação de sementes de jambu (Acmella oleracea) sob influência de fotoperíodo e temperatura - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Globo (2013): Jambu é estudado pela indústria farmacêutica como anestésico - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Plantas Medicinais e Fitoterapia: Jambu benefícios e propriedades medicinais - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Growing Hermione's Garden: Acmella oleracea - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Cooks Recipes (2015): Romazava Recipe - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Gernot Katzer´s Spice Pages (2002): paracress - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Almanaque do Campo (2003): Caracterização do cultivo de jambu nas áreas produtoras que abastecem a Grande Belém - Acesso em 2 de agosto de 2015
- Image: Wikimedia Commons (Author: Mikrolit) - Acesso em 2 de agosto de 2015
- The Plant List: Spilanthes acmella - Acesso em 2 de agosto de 2015
GOOGLE IMAGES de Spilanthes acmella - Acesso em 2 de agosto de 2015