Nome em outros idiomas
- Inglês: paraguayan tea
- Guaraní (uma das linguas oficiais do Paraguai): Ka’a
- Espanhol: yerba mate
- Francês: yerba maté
Origem, distribuição
Espécie nativa da América do Sul.
Descrição
Árvore perene de até 15 m de altura, ramos abundantes, pouco rígidos, verde-claros, com extremidade arroxeada e sulcada. As folhas são simples, alternas, pecioladas, serradas ou dentadas. As flores são pequenas e pálidas. O florescimento ocorre de setembro a novembro.
Os frutos são vermelhos, negros quando maduros.
Uso popular e medicinal
A erva-mate é um produto consumido em grande parte da América do Sul. Folhas e ramos são utilizados no preparo de bebidas estimulantes como o chimarrão, tererê, chá-mate solúvel, chá-mate tostado e chá pronto para beber. A forma tradicional e mais difundida de saboreá-la é o chimarrão (infusão com água quente e erva-mate beneficiada), consumida em cuias de madeira ou porongo (ou cabaça) [2].
Erva-mate é ótima fonte de antioxidantes, principalmente polifenóis, são substâncias de valor reconhecido por ajudar a combater os radicais livres. Existem evidências de que o consumo regular de erva-mate, provavelmente vinculado a ingestão de polifenóis, reduz o risco de certas doenças crônicas ou degenerativas. Polifenóis são compostos naturais encontrados em grandes quantidades em alimentos de origem vegetal como frutas (maçã, uva), legumes (tomate, pimentão, cebola), chá, vinho, chocolate escuro, café e erva-mate.
Na erva-mate os polifenóis encontram-se nas folhas, determinando o sabor amargo e adstringente do chá de erva-mate.
O fenol majoritário é o ácido clorogênico (atualmente conhecido por ácido 5-O-cafeoilquínico). Outros componentes: xantinas (cafeina, teobromina e teofilina), minerais (magnésio, cálcio, ferro, sódio, manganês, potássio) e vitaminas (A, C, B1, B2, B6) [1].
Internamente é indicado em problemas de fraqueza, cansaço, depressão, má digestão, como estimulante e diurético.
Colaboração
Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga, FEPAGRO (Porto Alegre, RS). Agosto de 2005.
Referências
- Phytothérapie (Springer-Verlag, France 2011): Yerba maté - Acesso em 17 de janeiro de 2016
- Nutrição Brasil (2004): Polifenóis em chá de erva-mate - Acesso em 17 de janeiro de 2016
- CASTRO, L. O.; CHEMALE, V. M. 1995. Plantas medicinais condimentares e aromáticas: descrição e cultivo. Guaíba: Agropecuária.196p.
- CORREA, C. J. et al. 1991. Cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. Curitiba, EMATER. 162p.
- FURLAN, Marcos Roberto.1999. Cultivo de plantas medicinais. Coleção Agroindústria, v. 13, 2ed. Cuiabá: SEBRAE/MT,146p.
- KLEBER, J. et. al. 1991. Guia Rural: Ervas e temperos. Janeiro. P.56-61.
- MARTINS, E. R. et al. 1994. Plantas medicinais. Viçosa, Impr. Univ.,220p.
- SIMÕES, C. O. S. et al. 1998. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Ed. Universidade, 173p.
- SMITH, L. B. et. al. 1982. Flora Ilustrada Catarinense: Gramíneas. Itajaí - Santa Catarina.
- Imagem: Flora Digital (Autor: Eduardo L. H. Giehl) - Acesso em 17 de janeiro de 2016
- The Plant List: Ilex paraguariensis - Acesso em 17 de janeiro de 2016
GOOGLE IMAGES de Ilex paraguariensis - Acesso em 17 de janeiro de 2016