Doril

Nome científico: 
Alternanthera brasiliana (L) Kuntze
Família: 
Amaranthaceae
Sinonímia científica: 
Achyranthes brasiliana (L.) Standl.
Partes usadas: 
Raiz, folha, inflorescência.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Polifenóis, flavonoides, ácido clorogênico, esteroides, terpenos, compostos fenólicos.
Propriedade terapêutica: 
Antibiótica, diurética, depurativa, anti-inflamatória, adstringente, antiviral, antidiarreica, béquica.
Indicação terapêutica: 
Moléstias do fígado e bexiga, tosse, herpes, diarreia, dor de cabeça, resfriado, gripe.

Origem, distribuição
Nativa do sul do México, América Central e América do Sul tropical. No Brasil é amplamente encontrada nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: brazilian joyweed, calico plant, marie-claire, purple joyweed, ruby leaf
  • Francês: marguerite à feuilles rouges

Descrição [2,3]
Alternanthera brasiliana é uma espécie herbácea perene, ereta ou rasteira, de 50 a 80 cm de altura, muito ramificada. As folhas são simples, peninérvias, opostas cruzadas, membranáceas, levemente pilosas em ambas as faces, com padrões de coloração do verde ao púrpura.

O limbo é oval-lancelado, de margem inteira levemente ondulada, base atenuada, ápice agudo e levemente acuminado.

Propaga-se por sementes ou por enraizamento de ramos herbáceos. 

Uso popular e medicinal
A planta é amplamente utilizada na medicina popular em todo o Brasil. As flores, ingeridas na forma de infusão, são béquicas e as folhas digestivas, diuréticas e depurativas, empregadas para moléstias do fígado e da bexiga. Emprega-se a inflorescência contra tosse [2].

Na medicina popular é utilizada no tratamento de diversas patologias, sendo comprovadas a ação anti-inflamatória, analgésica e atividade inibidora do vírus da herpes simples [3].

As inflorescências são também utilizadas para dores de cabeça, resfriados e gripes; as folhas como antitérmico e as raízes contra diarreia [1].

A análise do extrato hidroalcoólico das partes aéreas de A. brasiliana demonstrou muitas vezes efeito mais potente do que produtos comerciais (aspirina, indometacina e dipirona), sendo o efeito analgésico dose dependente. Sugerem que a presença de esteroides, terpenos e compostos fenólicos pode estar relacionada com a atividade analgésica dessa planta [1]

A aplicação de pomadas feitas a partir do extrato etanólico de A. brasiliana proporcionou resultados eficazes na cicatrização de feridas em ratos imunocomprometidos. Também já foi observada a atividade antimicrobiana moderada do extrato hidroalcoólico das folhas dessa espécie sobre bactérias S. aureus (encontrada na pele e fossas nasais de pessoas saudáveis) e P. aeruginosa (causadora das principais infecções hospitalares), S. cerevisae (levedura com ampla utilização industrial, causa infecção invasiva como a fungemia) e patógeno ambiental P. zopffi.

  Dosagem indicada [2]

  • Tosse (infusão): 1 colher de sobremesa de inflorescência para 1 litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras de chá ao dia.

 Referências

  1. Universidade Federal de Santa Maria (2013): Propagação e genotoxicidade de Anternanthera brasiliana - Acesso em 21 de maio de 2017
  2. LAMEIRA, O. A.; PINTO, J. E. B. P.; Ed. Plantas Medicinais: Do cultivo, manipulação e uso à recomendação popular. Belém, Pará: EMBRAPA Amazônia Oriental, 2008.
  3. Acta Farm. Bonaerense (2002): Estudo farmacognóstico das folhas de Alternanthera brasiliana - Acesso em 21 de maio de 2017
  4. Image: Courtesy of Marie Fourdrigniez (© Moorea Biocode 2010)
  5. The Plant List: Alternanthera brasiliana - Acesso em 21 de maio de 2017

GOOGLE IMAGES de Alternanthera brasiliana - Acesso em 21 de maio de 2017