Curativo com alto poder cicatrizante é feito da proteína do abacaxi

 

Pesquisadores da Universidade de Sorocaba (Uniso) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) relatam os efeitos anti-inflamatórios da incorporação de uma proteína encontrada no abacaxi - a bromelina - à nanocelulose bacteriana.

Testes realizados em laboratório resultaram na criação de um curativo, na forma de emplastro ou gel, para cicatrizar ferimentos, queimaduras e até feridas ulcerativas.

Além de aumentar a propriedade antimicrobiana da nanocelulose bacteriana, os pesquisadores perceberam que a bromelina cria uma barreira seletiva que potencializa a atividade proteica e outras atividades importantes para a cicatrização, como o aumento de antioxidantes e da vascularização.

Nanocelulose bacteriana e bromelina são conhecidas da ciência e indústrias farmacêutica e alimentícia. Usada como amaciante de carne, a bromelina tem capacidade de limpar o tecido necrosado do ferimento e formar uma barreira protetora contra microrganismos.

A nanocelulose bacteriana pode ser aplicada como substituição temporária sobre a pele ou como curativo no tratamento de lesões ulcerativas, pois alivia a dor, protege contra infecções bacterianas e contribui no processo de regeneração do tecido.

A matéria completa foi publicada pela Agência Fapesp em 28/06/2018 >>