Cosmos

Nome científico: 
Cosmos caudatus Kunth
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Bidens artemisiifolia subsp. caudata (Kunth) Kuntze
Partes usadas: 
Raiz, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos bioativos(ácido ascórbico, quercetina, ácido clorogênico).
Propriedade terapêutica: 
Antioxidante, antidiabética, antimicrobiana, anti-hipertensiva, anti-inflamatória.
Indicação terapêutica: 
Diabetes, hipertensão, inflamação, infecção oral e vaginal, proteção do osso.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: wild cosmos
  • Alemão: cosmee, schmuckblume
  • Espanhol: romerillo (Cuba), yema de huervo (República Dominicana), clavellillo, margarita, piquete (Porto Rico)

Origem, disribuição

C. caudatus tem origem criptogênica no sul do México, América Central ou Antilhas. No Brasil desenvolve-se nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, sendo frequentemente cultivada em jardins.

Descrição [2,3]

Espécie herbácea a subarbustiva, anual, de 0,3 a 2,5 m de altura. Instala-se ao longo de rodovias e terrenos baldios, onde forma populações dominantes, e em áreas ocupadas por olericultura.

Raiz principal fraca, apresenta caule ereto, ramificado desde a base. Folhas pecioladas, opostas cruzadas e com o limbo pinatissecto. Inflorescência do tipo capítulo. Fruto seco do tipo aquênio. Propaga-se por meio de sementes.

Na Malásia folhas e brotos são consumidos crus. Mergulhados em camarão e pasta de pimentão, são servidos como iguaria em hotéis e restaurantes.

Uso popular e medicinal [1]

C. caudatus é amplamente utilizada na medicina tradicional no sudeste da Ásia. Relata-se que a planta é rica fonte de compostos bioativos como ácido ascórbico, quercetina e ácido clorogênico.

Estudos in vitro e em animais mostraram alta capacidade antioxidante, atividade antidiabética, antimicrobiana, propriedade anti-hipertensiva, resposta anti-inflamatória efeito protetor ósseo.

A alta atividade antioxidante deve-se a evidências de que 100 g de C. caudatus fresco contém aproximadamente 2500 mg de capacidade antioxidante equivalente de ácido ascórbico (AEAC) em comparação com frutas locais com índice AEAC inferior a 300 mg (morango, ameixa, goiaba, mangostão, laranja, manga, kiwi, maçã, tomate).
 
A atividade antidiabética foi testada em ratos obesos mostrando uma redução significativa na glicose plasmática em comparação com os ratos controle após 1 mês de suplementação com extrato de C. caudatus.

O efeito anti-hipertensivo foi relatado em ratos tratados com adrenalina e com cloreto de sódio, mostrando que C. caudatus pode induzir um efeito diurético, o que leva a diminuição da pressão arterial.

Extratos aquosos e metanóicos de C. caudatus na dose de 200 mg / kg exibiram atividade anti-inflamatória significativa pela supressão do edema de pata de camundongo induzido por carragenina. O resultado foi comparável ao do medicamento padrão diclofenaco de sódio (10 mg / kg de peso corporal) na inibição do edema da pata.

Benefícios para a saúde óssea foram observados em modelos de ratos ovariectomizados. A perda óssea nesse modelo assemelha-se a alterações ósseas em mulheres na pós-menopausa. Em grupos de ratas ovariectomizadas suplementadas com 500 mg / kg de extrato aquoso de C. caudatus e 1% de cálcio por 8 semanas, observou-se um efeito de melhoria no volume, número e separação óssea, restaurando os parâmetros estruturais ósseos em nível normal.

Derivados de fenilpropano isolados de um extrato de raiz mostraram atividade antifúngica contra Cladosporium cucumerinum (causa a doença conhecida por sarna ou queima do pepino) e Candida albicans (fungo causador de alguns tipos de infecção oral e vaginal nos seres humanos). Efeitos de diferentes extratos foram avaliados contra 5 cepas microbianas (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans). Com concentrações inibitórias mínimas (CIM) de n-Hexano (25 mg / mL), 6,25 mg / mL de éter dietílico e 6,25 mg / mL de extrato etanólico de C. caudatus, todos os extratos apresentaram atividade inibitória significativa contra o crescimento dos micróbios patogênicos humanos testados. 

 Referências

  1. US National Library of Medicine (2015). Potential medicinal benefits of Cosmos caudatus (Ulam Raja): A scoping review - Acesso em 17 de fevereiro de 2019
  2. Invasive Species Compendium: Cosmos caudatus - Acesso em 17 de fevereiro de 2019
  3. MOREIRA, H.J.C; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de Identificação de Plantas Infestantes. FMC Agricultural Products, São Paulo (SP). 2011.
  4. Image: Wikimedia Commons (Author: Dinesh Valke) - Acesso em 17 de fevereiro de 2019
  5. The Plant List: Cosmos caudatus - Acesso em 17 de fevereiro de 2019

GOOGLE IMAGES de Cosmos caudatus - Acesso em 17 de fevereiro de 2019