Cinchona

Nome científico: 
Cinchonopsis amazonica (Standl.) L.Andersson
Família: 
Rubiaceae
Sinonímia científica: 
Cinchona amazonica Standl.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Alcaloides quinólicos (quinina, quinidina, diidroquinidina, cinconidina, cinconina, dehidrocinconina) e indólicos dihidroquinamina e 3 epi-dihidroquinamina.
Propriedade terapêutica: 
Analgésica, antipirética, antibacteriana.
Indicação terapêutica: 
Malária, febre, doença cardíaca, taquicardia.

Origem, distribuição

Origem americana, nativa das florestas úmidas geralmente acima de 100 m podendo chegar até 3.000 m. Na Amazônia brasileira tem sido reportada até o nível do mar.

Distribui-se nas bacias norte e oeste da Amazônia, do sul da Venezuela e sudeste da Colômbia às encostas andinas orientais do Equador, passando pelo Peru até o oeste do Brasil, frequentemente em substratos arenosos e argilosos.

Descrição

Árvore alcança mais de 15 m de altura, 18 a 40 cm de diâmetro, copa grande e bífida. Casca externa marrom-bege com manchas verde-escuras, aparentemente fissurada. Casca interna vermelho-claro a rosa-amarelado, de textura fibro-arenosa.

Ramos terminais de seção cilíndrica. Folhas lanceoladas, glabras ou pilosas quando jovens, pequena, hirsutas, bege a verde-bege. Quando seco o caule pode ser oco.

Folha simples, oposta semicruzadas, obovada, margem inteira a ligeiramente sinuosa. Inflorescência em panículas terminais, grandes, até 50 cm de comprimento. Flor bissexual com até 3 cm de comprimento.

Fruto seco tipo cápsula. Sementes aladas de 1 a 2 cm de comprimento e 3 a 4 mm de largura.

Uso popular e medicinal

Espécies do gênero Cinchona apresentam substâncias químicas utilizadas em tratamentos terapêuticos. Tem sido intensamente estudadas desde a sua descoberta para a cura da malária no final do século XVI.

Compostos químicos são os alcaloides quinólicos (quinina, quinidina, diidroquinidina, cinconidina, cinconina e dehidrocinconina) e indólicos (dihidroquinamina e 3 epi-dihidroquinamina), com a quinina apresentando a mais alta atividade antimalárica.

Fonte de quinina para febres decorrentes ou malária, e quinidina para doenças cardíacas.

Quinina e quinidina são utilizadas ao nível do miocárdio contra eretismo cardíaco e angina precordial; cloridrato de quinina para esclerose de origem hemorroidária; escorbato de quinina, associado à vitamina B, para o tabagismo e para cãibra, além de ser analgésica e antipirética.

Quinina é usada como aditivo amargo nos alimentos e bebidas e na indústria química nas catálises e imobilizações de matrizes poliméricas.

Como antifibrilante, quinidina é adequada ao tratamento preventivo da taquicardia, justificando que 30 a 50% da produção de quinina é transformada por meios físicomecânicos em quinidina.

Os alcaloides quinolínicos apresentam atividade contra o vírus da batata e os indólicos do tipo cincofilinas contra bactérias gram-positivas.

 Dedicado a Silvana Shaw (Rio de Contas, BA)

 Referências

  1. Tropicos (2019): Cinchonopsis amazonica (Standl.) L. Andersson - Acesso em 29 de março de 2020
  2. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais (2006): Cinchona amazonica Standl. (Rubiaceae) no estado do Acre - Brasil - Acesso em 29 de março de 2020
  3. Image: Creative Common licence of Tropicos (Author: Vásques Martínez) - Acesso em 29 de março de 2020
  4. The Plant List: Cinchonopsis amazonica - Acesso em 29 de março de 2020

GOOGLE IMAGES de Cinchonopsis amazonica - Acesso em 29 de março de 2020