Nome em outros idiomas
- Inglês: black bugbane, black cohosh, black snakeroot, fairy candle
- Francês: cimicifuga, actée à grappes, cimicifuge, cytise, herbe aux punaises, cohosh noir
- Alemão: traubensilberkerze
- Italiano: cimicifuga
Origem, distribuição
Nativa das encostas úmidas e férteis das florestas decíduas do leste dos EUA e sudeste do Canadá.
Descrição [2,3]
Espécie de hábito terrestre, cresce até 2 m de altura. Folha composta, arranjo alternado (uma folha por nó ao longo do caule), borda lobada. Produz picos altos e estreitos de pequenas flores brancas que tendem a se dobrar ligeiramente para o sol.
O fruto é seco, tem comprimento de 5-10 mm e abre-se quando maduro.
É cultivada em jardim ornamental em regiões temperadas.
Uso popular e medicinal [3]
É fonte de vários medicamentos usados tradicionalmente por nativos norteamericanos e colonos europeus. Na medicina herbal ocidental moderna, o uso limita-se geralmente ao tratamento dos sintomas da menopausa e queixas do sistema reprodutivo feminino mas, como veremos adiante, a planta tem inúmeras outras propriedades e aplicações. Em 2013 foi uma das 5 ervas mais vendidas sem receita nos EUA [3].
A raiz é considerada eficaz no tratamento de uma série de doenças. Tem propriedade regenerativa, ou seja, restaura gradualmente a saúde ao estado normal. Outras propriedades da raiz: antirreumática, antiespasmódica, adstringente, cardiotônica, diaforética, diurética, expectorante, hipnótica, sedativa, tônica e vasodilatadora. É colhida no outono quando as folhas morrem, depois cortada em pedaços e secas.
É usado no tratamento do reumatismo, como um sedativo e emenagoga (aumenta o fluxo menstrual).
É tradicionalmente importante no tratamento das queixas das mulheres, atuando especificamente para aliviar cólicas uterinas e ajudar no parto.
Pesquisas mostraram que a raiz tem atividade estrogênica e cogita-se que reduz os níveis de hormônio luteinizante pituitário, diminuindo assim a produção de progesterona no ovário. A raiz é também hipoglicêmica, sedativa e anti-inflamatória.
Associada a erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) é 78% efetiva no tratamento de rubor (vermelhidão da pele) e outros problemas da menopausa.
Um extrato da raiz mostrou fortalecer o órgão reprodutor masculino em ratos. A raiz contém ácido salicílico, o que a torna valiosa no tratamento de vários problemas reumáticos, sendo particularmente eficaz no estágio agudo da artrite reumatoide, ciática e coreia (doença genética caracterizada por movimentos corporais anormais). Sua ação sedativa a torna útil no tratamento de uma série de outras queixas tais como zumbido e pressão alta.
As raízes são componentes de remédio homeopático para uso de mulheres grávidas.
A Comissão Alemã E (guia terapêutico de medicina herbal) aprova C. racemosa (A. racemosa) para queixas climatéricas (menopausa) e síndrome pré-menstrual [1].
Atenção
A raiz é tóxica em alta dose, deve ser usada com precaução e evitada por mulheres grávidas. As substâncias ativas não são solúveis em água, portanto recomenda-se usar a tintura da raiz [1].
Dedicado a Eliana Cristina de Moura Dias
Colaboração
- Alexandre Lourenço Nass (EUA)
- Marcus Vinícius Sigrist (São Paulo, SP)
Referências
- Plants for a Future: Cimicifuga racemosa - Acesso em 17 de dezembro de 2017
- Go Botany: Actaea racemosa - Acesso em 17 de dezembro de 2017
- Kew Science: Actaea racemosa - Acesso em 17 de dezembro de 2017
- Fitoterapicos.info: Cimicifuga - Acesso em 17 de dezembro de 2017
- Image: Wikimedia Commons (Author: No machine-readable author provided. Valérie75 assumed) - Acesso em 17 de dezembro de 2017
- The Plant List: Actaea racemosa - Acesso em 17 de dezembro de 2017
GOOGLE IMAGES de Actaea racemosa - Acesso em 17 de dezembro de 2017