Angico-branco

Nome científico: 
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Piptadenia colubrina (Vell.) Benth.
Partes usadas: 
Casca, lenho.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Tanino na casca e lenho; flavonoide anadantoflavona, alcaloide bufotenina nas sementes.
Propriedade terapêutica: 
Antidiarreica, expectorante, adstringente, depurativa, hemostática.
Indicação terapêutica: 
Afecções pulmonares e das vias respiratórias, bronquite, tosse, faringite, asma, expectoração do catarro, feridas, queimaduras, inflamação de garganta

Origem, distribuição
Árvore nativa das florestas tropicais da América do Sul, distribuída amplamente na Colômbia e em boa parte do Brasil.

Nomes em outros idiomas

  • Inglês: vilca
  • Espanhol: vilca

Descrição
Angico é uma árvore com altura entre 12 a 15 m, com tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. As folhas são compostas bipinadas, com 15 a 20 jugas, folíolos opostos, de 4 a 6 mm de comprimento, com 20 a 80 jugos.

Floresce a partir de novembro prolongando-se até janeiro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de julho a agosto, produzindo anualmente grande quantidade de sementes [1].

A. colubrina é muito parecida e difícil de ser distinguida de outra espécie conhecida por angico-branco-do-morro A. peregrina.

Uso popular e medicinal
Angico-branco é usado na medicina popular em infusão, maceração e tinturas como antidiarréico e expectorante, sendo básico em algumas fórmulas de xarope farmacêutico. Muito usado nas afecções pulmonares e das vias respiratórias, bronquites, tosses, faringites e asma. Ajuda a expectoração do catarro. A casca, de sabor amargo, apresenta propriedade adstringente, depurativa, hemostática, além de ser útil nas doenças sexuais, com ação sobre as fibras do útero [2].

Há um produto fitoterápico composto de uso tradicional no Nordeste do Brasil denominado Sanativo. Sob a forma de extrato fluido, este medicamento é indicado no tratamento de feridas, queimaduras, inflamações de garganta e de tecidos epiteliais lesionados. Sua fórmula é constituída por 20% de angico (Piptadenia colubrina, Benth), que possui ação hemostática e cicatrizante; 20% de aroeira (Schinus terebinthifolius, Raddi), usada em processos inflamatórios e infecções bacterianas; 1,7% de camapu (Physalis angulata, Linné), empregada por sua atividade balsâmica e analgésica e 1,7% de mandacaru (Cereus peruvianus, Miller) [1].

Outros usos
Angico tem várias aplicações como fornecimento de madeira para tabuado, tacos, marcenaria, desdobro, obras internas, ripas, implementos, embalagens, construção civil e naval. Gera lenha e carvão de boa qualidade. 

Planta melífera, fornece pólen, nectar e mel. O fruto atrai insetos que são procurados pelos pássaros.

Produz uma goma-resina retirada da casca, sucedânea da goma arábica. 

As folhas secas constituem boa forragem para alimentação animal.

É usada em paisagismo devido a exuberância das flores e recomendada para reflorestamento em áreas degradadas.

 Colaboração

  • Marcio Landes Claussen, Engenheiro Químico aposentado, Brasília (DF), 2014.

 Referências

  1. Universidade Federal de Pernambuco: Atividade cicatrizante e avaliação toxicológica pré-clínica do fitoterápico Sanativo - Acesso em 10 novembro 2014
  2. EMBRAPA: Angico-branco - Acesso em 10 novembro 2014
  3. Imagem: Wikimedia Commons (Author: Zimbres); Árvores do Brasil - Acesso em 10 novembro 2014
  4. The Plant List: Anadenanthera colubrina - Acesso em 10 novembro 2014

GOOGLE IMAGES de Anadenanthera colubrina - Acesso em 10 novembro 2014