Camu-camu

Nome científico: 
Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh
Família: 
Myrtaceae
Sinonímia científica: 
Eugenia divaricata Benth.
Partes usadas: 
Fruto.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Proteínas, fibras, minerais (cálcio, fósforo, potássio, ferro), vitaminas (B1, B2, B3, C).
Propriedade terapêutica: 
Antioxidante, adstringente, nutritiva.
Indicação terapêutica: 
Fortalece o sistema imunológico, estimula o sistema cardíaco, prostatite, auxilia no tratamento de câncer de mama.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: camu-camu
  • Francês: camu-camu

Origem, distribuição
Amazonia (Brasil).

Descrição
Árvore pequena, frutifica entre os meses de novembro a março. A floração ocorre praticamente durante o ano inteiro, sendo que os menores índices de produção ocorrem entre os meses de abril a julho.

Semelhante a jaboticaba, os frutos são globosos com 10 a 32 mm de diâmetro, de coloração vermelho-escura passando ao roxo-escuro ao final da maturação, possuindo uma polpa ácida com 2 a 3 pequenas sementes por fruto.

As sementes são bem pequenas, tem alta concentração de vitamina C (de 2.870 a 6.100 mg), muitas vezes superior ao de frutos mais conhecidos como laranja, limão e acerola.

Uso popular e medicinal
Desde 1980 o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) estuda o camu-camu nos aspectos agronômico, biológico e tecnológico dos frutos. Estes estudos já apresentam resultados concretos para orientar a espécie como matéria-prima das indústrias de medicamento, cosmético, alimento e bebida. Segundo o pesquisador Kaoru Yuyama, que há dez anos investiga as possibilidades econômicas da planta, empresas do Brasil, EUA, Japão e Comunidade Europeia interessam-se pela aquisição de grandes quantidades de camu-camu.

Pesquisas recentes verificaram que o alto teor de ácido ascórbico do camu-camu é um poderoso antioxidante na eliminação de radicais livres, proporcionando retardamento no envelhecimento.

Médicos norteamericanos constataram que a ingestão diária de 1 g de camu-camu liofilizado em pó e jejum em até 2 horas, elimina os sintomas de ansiedade, alterações de humor e depressão. 

Estudos relatam que o uso diário de camu-camu fortalece o sistema imunológico, promove a vitalidade das pessoas com deficiências orgânicas, fortalece o sistema nervoso, aumenta no homem a potência sexual, apóia a formação de células brancas do sangue (combatendo algumas espécies de câncer), promove a eliminação de toxinas do corpo (em especial do fígado), estimula os sistemas cardíaco e circulatório, evita o stress que pode levar a depressão, auxilia no tratamento de câncer de mama, aumenta a resistência, combate a gripe e pneumonia inclusive em crianças e pessoas de terceira idade, auxilia no tratamento de prostatite e câncer de próstata.

A Estação Experimental Santa Luzia (SP) iniciou em 2001 experiências de adaptação e cultivo do camu-camu, obtendo até o presente momento ótimos resultados.

Em São Paulo o fruto é encontrado no CEASA.

Existe em frasco com 100 cápsulas, devendo-se tomar 2 cápsulas ao dia, uma de manhã e outra a tarde, já que a vitamina C permanece no organismo por 6 horas e depois é eliminada. Cada cápsula contém 500 mg de vitamina C (equivalente a 12 laranjas médias). Estudos científicos revelam que a quantidade de vitamina C para cada pessoa deve ser em torno de 500 mg ao dia.

Encontra-se disponível uma análise realizada por laboratório independente, com valores por 100 g de compostos químicos encontrados em 430 g de camu-camu seco por pulverização (consultar Whole World Botanicals abaixo).

 Culinária
Suco de camu-camu. Ingredientes: 50 g de polpa em um litro de água. Bater no liquidificador e adoçar a gosto. O suco fica com uma cor rosada e o sabor é muito agradável.

 Colaboração

  • Lelington Lobo Franco, escritor, pesquisador, químico-fitologista (Curitiba, PR). Maio de 2007.

 Referências

  1. Whole World Botanicals: What is camu-camu? - Acesso em 30 de agosto de 2015
  2. Raintree Health: camu-camu - Acesso em 30 de agosto de 2015
  3. The Plant List: Myrciaria dubia - Acesso em 30 de agosto de 2015

GOOGLE IMAGES de Myrciaria dubia - Acesso em 30 de agosto de 2015