Malva

Nome científico: 
Malva sylvestris L.
Família: 
Malvaceae
Sinonímia científica: 
Althaea mauritiana Alef.
Partes usadas: 
Folha, fruto, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Mucilagem, caroteno, vitaminas (B, C). Sementes secas têm cerca de 20% de proteínas e 35% de gordura.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, mucilaginoso, expectorante, suavizante de tecidos, anti-inflamatório, laxativa, antisséptico.
Indicação terapêutica: 
Bronquite, tosse, asma, enfisema pulmonar, coqueluche, colite, constipação intestinal, contusão, afecção (pele, boca, garganta), furúnculo, abscesso, picada de inseto.

Planta da Farmacopeia Brasileira
Malva tem uso científico comprovado como expectorante, anti-inflamatório e antisséptico da cavidade bucal.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: tall mallow, common mallow, high mallow, blue mallow, cheese-cake
  • Alemão: wilde malve, kultur-käsepappel
  • Espanhol: malva común, malva silvestre
  • Francês: grande mauve, mauve sylvestre, mauve des bois

Origem, distribuição
Europa Ocidental, Norte da África e Ásia

Descrição
É uma erva de pequeno porte (
40 a 70 cm de altura), bianual ou perene, ereta e decumbente. Tem os ramos com casca fibrosa, folha simples com nervação, palmada de margens lobadas e serreadas. Possui flores vistosas, púrpura ou rósea dispostas nas axilas foliares.

Os frutos são aquênios discoide. No Brasil ocorre mais a M. parviflora L. com características e nomes semelhantes ao acima, quase sempre substituindo a primeira.

É muito usada na ornamentação de jardins em locais de clima temperado e como hortaliça, mas é mais conhecida como medicinal tanto na Europa como no Brasil. É adstringente e mucilaginoso, portanto útil como suavizante de tecidos e anti-inflamatória.

Na Idade Média Dioscórides e Plínio já a aplicavam para amolecer o ventre, curar indisposições, tratar queimaduras e picada de insetos.

Uso popular e medicinal
As folhas e frutos, como infuso, são usados na bronquite, tosse, asma, enfisema pulmonar, coqueluche, colite e constipação intestinal. É laxativa em doses um pouco mais alta que o corriqueiro.

Externamente, como banho localizado, é empregado em contusões, afecções da pele, furúnculos, abscessos e picaduras de insetos e como bochecho ou gargarejo para afecções da boca e garganta, como já provado por vários pesquisadores em 1996.

Possui mucilagem, caroteno, vitamina C e do complexo B. Sementes secas tem cerca de 20% de proteínas e 35% de gordura.

 Dosagem indicada [2]

Expectorante. Fórmula para uso interno (preparar por infusão). Componentes: folhas e flores secas (2 g); água q.s.p. (150 mL). Modo de uso: tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, 4 vezes ao dia. 

Anti-inflamatório e antisséptico da cavidade oral. Fórmula para uso externo (preparar por infusão). Componentes: folhas e flores secas (6 g); água q.s.p. (150 mL). Modo de uso: após higienização, aplicar o infuso com auxílio de algodão sobre o local afetado, 3 vezes ao dia. Fazer bochechos ou gargarejos 3 vezes ao dia.

 AdvertênciaEm caso de reações alérgicas, suspender o uso imediatamente.

 Colaboração
Luis Carlos Leme Franco, médico e professor de Fitoterapia (Curitiba, PR). Memória.

 Referência

  1. FRANCO, L.C.L.; LEITE, R. C. Fitoterapia para a mulher. Corpomente, Curitiba, 375p. 2004.
  2. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 1ª ed. 2011.
  3. Imagem: Wikimedia Commons (Author: Gunnar Creutz) - Acesso em 29 de maio de 2016
  4. The Plant List: Malva sylvestris - Acesso em 29 de maio de 2016

GOOGLE IMAGES de Malva sylvestris - Acesso em 29 de maio de 2016